Originalmente chamado de Aquiri pelos exploradores da região que transcreveram do dialeto dos índios Ipurinã a palavra Uwákuru, este território antes pertencente à Bolívia foi aos poucos sendo ocupado por brasileiros.
Os
primeiros habitantes da região eram índios aculturados, isto até os idos de
1877, quando imigrantes nordestinos fugindo da seca e atraídos pelos altos
preços da borracha no mercado internacional iniciaram a abertura de seringais e
avançaram pelas vias hidrográficas (rio Acre, Alto-Purus e Alto-Juruá), chegando
a aumentar a população na bacia do Alto-Purus de cerca de mil habitantes para 4
mil em um ano.
Buscando garantir o domínio da área, instituiu-se por parte dos bolivianos a cobrança de impostos e a fundação da cidade de Puerto Alonso, hoje Porto Acre. A revolta dos brasileiros diante destas medidas resultaram em conflitos que só tiveram fim com a assinatura do Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, no qual o Brasil adquiriu – parte por compra, parte por troca de pequenas áreas do Amazonas e do Mato Grosso – o território do atual Acre. Na região de fronteira com o Peru também houve controvérsias quanto aos limites territoriais. Em setembro de 1903, os peruanos foram expulsos das áreas ocupadas, sendo resolvido o impasse territorial em 8 de setembro de 1909, tendo como representante nas negociações o Barão do Rio Branco, então Ministro das Relações Exteriores.
Unificada a partir de 1920, a administração do Acre passou a ser exercida por um governador nomeado pelo Presidente da República. Com a Constituição de 1934, garantiu-se o direito de dois representantes na Câmara dos Deputados e, em 1957, sob a proposição do Deputado José Guiomard dos Santos, o projeto que resultou na Lei 4.070, de 15 de junho de 1962, sancionada pelo Presidente da República João Goulart, elevou o território à categoria de estado, elegendo-se em outubro de 1962 o primeiro governador do Estado – José Augusto de Araújo.