A Fortaleza de São Lourenço
O nome Itaparica vem do tupi e significa "cerca feita de
pedras", por causa dos arrecifes que contornam toda a costa da ilha.
Uma segunda versão para o nome da ilha seria uma corruptela do chefe Tupinambá,
Taparica, pai de Catarina Paraguaçu – primeira figura feminina brasileira a
entrar para a história do Brasil.
O primeiro Governador Geral do Brasil, Tomé de Souza, doou a ilha em sesmaria
ao primeiro Conde de Castanheira, em 1552. O principal historiador da ilha,
Ubaldo Osório, conta que Itaparica foi a primeira localidade do Brasil a
funcionar como destino turístico. Em 1553, 40 pessoas compuseram a comitiva de
Tomé de Souza que visitou a ilha.
Durante a última invasão holandesa, os invasores chegaram a construir um fortim
em frente à praia, onde hoje fica um píer da Marinha. No mesmo local, tempos
depois, foi construída a fortaleza de São Lourenço, símbolo de bravura dos
itaparicanos nas lutas pela Independência da Bahia.
Em 1763, Itaparica foi incorporada aos bens da Coroa e, em 1788, por causa do
protesto dos herdeiros, a ilha foi entregue à Marquesa de Nísia. O
desenvolvimento econômico chegou a Itaparica com a plantação da cana-de-açúcar,
trigo e criação de gado, ainda no século XVI. Depois veio a pesca da baleia em
escala industrial - a maior atividade econômica nos séculos XVII e XVIII.
Antigos sobrados hospedaram, em curtas temporadas, os imperadores brasileiros
D. Pedro I e D. Pedro II.
A Fortaleza de São Lourenço, fica no extremo norte da Ilha, no local conhecido
antigamente como Ponta da Baleia. Sua localização estratégica impedia o
desembarque no único porto natural da ilha, além de proteger e abrigar as
embarcações que abasteciam a cidade através do Recôncavo ou da Barra do
Jaguaripe. A primeira construção, holandesa, foi de 1647. Quando os invasores se
retiraram para Recife, arrasaram o forte, que teve sua reconstrução iniciada em
1711.