O Estado da Bahia foi o
local onde, primeiramente, aportaram os portugueses no Brasil, em 1500. Seu
povoamento teve início no ano de 1534, sob forte influência dos jesuítas. A
cidade de Salvador foi fundada em 1549 como a primeira capital do Brasil, pelo
Governador-Geral Tomé de Souza. O tráfico de escravos africanos teve, na Bahia,
um de seus principais pólos receptores no Brasil.
No século XVIII, a região foi atacada por holandeses, expulsos depois pelos
portugueses, com o reforço de milhares de brasileiros, filhos de europeus com
indígenas, que habitavam a terra. Como primeiro foco de colonização portuguesa
no Brasil, a Bahia manteve, por cerca de um século, o título de mais importante
porto marítimo do hemisfério sul, movimentando intenso comércio com a Europa,
Ásia e África, enquanto a criação de gado, o plantio da cana e o fabrico de
açúcar impulsionavam a colonização do interior.
Em 1798, ocorreu na região a Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta
dos Alfaiates que, inspirada nas idéias da Revolução Francesa e da Inconfidência
Mineira, propunha a independência, a igualdade racial, o fim da escravidão e o
livre comércio entre os povos. Teve a participação de escravos, negros libertos
e pequenos artesãos da Bahia, que divulgaram, na ocasião, um manifesto
conclamando o povo para um levante em defesa da República Baiense. O movimento
foi delatado e reprimido. Alguns integrantes da facção mais popular foram
condenados à morte e outros ao exílio.
Outro acontecimento marcante na história da Bahia foi a Guerra de Canudos, em
1897. A população humilde do sertão baiano passara a ver em Antonio Vicente
Mendes Maciel, o Conselheiro, um líder espiritual messiânico que teve seu
movimento violentamente sufocado por tropas federais, comandadas pelo major
Moreira César. A vila por ele fundada, Belo Monte, com 25 mil habitantes, foi
inteiramente destruída e sua população massacrada. O episódio gerou o famoso
livro "Os Sertões", do escritor brasileiro Euclides da Cunha; "A Guerra do Fim
do Mundo", do escritor peruano Mario Vargas Llosa; e, recentemente, o filme
épico "Canudos", do cineasta Sérgio Resende.