
Afonso III, de Castela, dá Castro Laboreiro e Castro ao Conde
D. Hermenegildo, avô de São Rosendo, por este ter vencido Witiza
que se havia revoltado; durante o domínio do Conde galego, o
Castro foi adaptado a castelo, caindo depois no poder dos mouros;
1044 - D. Afonso Henriques conquista-o; Desde 1271 até 1855 foi
esta região Vila e sede de concelho, com Alcaidia e tribunal a
que estava entregue o destino da sua população. Pertença do
Condado de Barcelos até 1834. Comenda da Ordem de Cristo desde
1319.
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Castelo de Castro Laboreiro
- Localização :Castro Laboreiro - Junto ao Lugar da
Vila
- Acesso : EN. 202
- Protecção : MN, Dec. nº 33 587, DG 63 de 27 Março
1944
- Enquadramento : Rural, isolado, implantação
destacada. Implanta-se no cimo de um monte, com 1033 m. de
altitude, entre as bacias do rio Minho e do Lima.
- Descrição : Planta oval, orientada no sentido N. /
S., com restos de pano de muralha erguidas sobre as fragas,
por vezes fazendo reentrâncias, que correspondem às antigas
torres assinaladas por Duarte Darmas. A entrada principal -
Porta do Sol - abre-se a nascente e a da traição - Porta do
Sapo - a N., de arco pleno sobre pés-direitos. Pano de
muralha no sentido E. / O. cria recinto fechado, com acesso
por ponte de arco pleno sobre pés-direitos, e utilizado para
recolha de gado e bens em época de invasão. Junto a esta
muralha conservam-se ruínas da antiga cisterna.
- Utilização Inicial : Militar. Castelo de defesa
- Época de Construção : Séc. 13 (conjectural)
- Cronologia : Afonso III, de Castela, dá povoação
de Castro Laboreiro e Castro ao Conde D. Hermenegildo, avô de
São Rosendo, por este ter vencido Witiza que se havia
revoltado; durante o domínio do Conde galego, o Castro foi
adaptado a castelo, caindo depois no poder dos mouros; 1044 -
D. Afonso Henriques conquista-o; 1145 - restaura-o; séc. 12 -
segundo inscrição, D. Sancho I completou a obra; 1212 -
arrasado durante a invasão Leonesa; 1290 - reconstruído por
D. Dinis; os Gomes de Abreu, de Merufe, tiveram durante muitos
anos a alcaidaria de Laboreiro, que andava junta com a de
Melgaço; 1375 - D. Fernando deu a alcaidaria a Estevão Anes
Marinho; séc. 14 - depois da conquista de Melgaço, D. João
I usou Castro Laboreiro para deter as várias incursões
castelhanas vindas da Galiza; 1441 - era alcaide-mor Martim de
Castro, que foi afastado devido a queixas dos moradores da
vila; 1666, Mai. - Baltazar Pantoja tomou o castelo de supresa
depois de 4 horas de luta; deixou como Governador D. Pedro
Esteves Ricarte, que se rendeu ao 3º Conde de Prado, D.
Francisco de Sousa; 1715 - depois de estabelecida a paz, ficou
desguarnecido; 1766 / 1778 - o Conde de Bobadela, Governador
das Armas da Província, ali mandou recolher 400 homens e
mulheres que se negaram a apresentar seus filhos recenseados
para o serviço militar; 1746 / 1779 - foi Governador da vila
de Castro Laboreiro Manuel de Araújo Machado; 1801 - ocupado
por tropas e defendido com 4 peças.
- Tipologia : Arquitectura militar românica. Ruínas
de um castelo românico com cintura de muralhas envolvendo a
torre de menagem central e integrando também cisterna.
- Caracteristicas Particulares : Castelo construído no
cimo de um monte, de difícil acesso, adaptando-se à
morfologia do terreno. Foi construído por D. Dinis onde
anteriormente se erguia um outro referenciado documentalmente
desde há muito.
- Bibliografia : VIEIRA, José Augusto, O Minho
Pittoresco, vol. 1, Lisboa, 1886; GUERRA, Luís de Figueiredo,
Castelos do Distrito de Viana do Castelo, sep. de O Instituto,
vol. 73, nº 5, Coimbra, 1926; s.a., Castelos de Portugal in
MAMA SUME, nº 5, Fev. / Mar. 1981, p. 39 - 46; ALMEIDA,
Carlos Alberto Ferreira de, Alto Minho, Lisboa, 1987; ALMEIDA,
José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal,
Porto, 1988.
- Intervenção Realizada : 1979 - trabalhos de
consolidação em vários troços, arranque de vegetação e
remoção de terras; 1980 - trabalhos de consolidação e
beneficiação; 1981 - continuação.
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