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LINDOSO
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s/d. (séc. IX)
Primeira referência explícita a Lindoso, num documento da igreja
bracarense em que se descrevem os limites da diocese (LF.552). Em
documento datado de 1114, o papa Pascal II confirma esses mesmos limites
(LF.554).
s/d. (séc. XI)
O Censual do Bispo D. Pedro regista a igreja de S. Mamede de Lindoso
com o pagamento de "II quartarios".
1258
As Inquirições de Afonso III registam como obrigação da
população de Lindoso, entre outras, a de "(…) quando lis vem
mandado de guardarem o porto de Cabril et de Lindoso am no de guardar
terterdia(…)".
s/d. (séc. XIV)
D.Pedro nomeou João Aires, primeiro alcaide de Lindoso de que há
notícia..
s/d. (séc. XV)
Paio Rodrigues de Araújo, alcaide de Lindoso ao tempo de D.João I.
1464
Lopo de Araújo, alcaide de Lindoso e Senhor de Celanova, esteve com
D. Afonso V em Ceuta.
1514
O rei D. Manuel concede foral a Lindoso.
1641
O castelo é restaurado por ordens de Baltazar Sousa de Menezes, 7º
Senhor de Lindoso e Britelo e descendente directo dos antigos alcaides.
1659
Manuel de Sousa de Menezes, alcaide de Lindoso.
1662
Na sequência das guerras da Restauração, o castelo de Lindoso é
tomado pelas tropas espanholas sob o comando do general Baltazar Pantoja.
Data dessa altura a construção da nova cerca abaluartada, sob desenho
do engenheiro militar D. Gasparo Squarciáfico, Marquês de Buscayolo.
1664
As tropas portuguesas reconquistam o castelo de Lindoso, sob as
ordens do capitão Carlos Malheiro Pereira sendo Governador do Minho D.
Francisco de Sousa, Conde de Prado.
1668
Assinada a paz com Espanha
1856
No dia 18 de Agosto a "Comissão Mista de Demarcação de
Limites entre Portugal e Espanha" ocupa-se pela primeira vez da
questão do traçado da fronteira no Lindoso, processo de grande
polémica devido às pretensões espanholas relativamente ao monte da
Madalena.
1895
Última guarnição abandona o castelo, desactivando-se assim a
fortificação do Lindoso.
1932
O Castelo é classificado como Monumento Nacional.
1940
Sofre as primeiras obras de restauro efectuadas pela
Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais.
1976
O castelo de Lindoso passa para a administração do Parque Nacional
da Peneda Gerês.
Sempre relacionado com a defesa da portela da Serra
Amarela e Vale de Cabril, foi o Castelo do Lindoso fundado nos inícios
do Séc. XIII, pois já aparece referido nas Inquirições de 1258.
Mandado restaurar por D. Dinis, vai a partir do Séc. XIV confundir a
sua história com a gesta dos Araújos de Lóbios, família que
conservará por muitos anos a sua alcaidaria. Mais tarde, em 1662,
ocupado pelos Espanhóis na sequência das guerras da Restauração, foi
ampliado com uma muralha do tipo Vauban, em forma de estrela pentagonal.
Em 1664 o Castelo vai ser recuperado pelos Portugueses. A fortificação
permaneceu ocupada por guarnições militares ao longo do Séc. XVIII,
até que em 1895 foi desactivada.
Em 1992 o Parque da Peneda Gêres lançou, com o apoio técnico e
científico da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, Museu
Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa e Museu Militar do Porto, e no
quadro financeiro do Prodiatec, um "Projecto de tratamento
museológico e de rentabilização cultural" do Castelo do Lindoso.
Por se tratar de um monumento/sítio com múltiplas potencialidades,
concebeu-se o projecto sob diversas perpectivas: por um lado, a
ligação ao passado histórico da região e a sua inserção numa
etno-história do nosso tempo; por outro lado, e porque a área de
implementação deste projecto se integra na realidade do Parque
Nacional da Peneda Gêres, importava articular o fomento de um turismo
sustentável, integrado e de qualidade, que se harmonizasse com a
protecção dos valores culturais e naturais com as necessidades da
educação ambiental.
© Núcleo Museológico do Castelo de
Lindoso 1999
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