Castelo de Monção
Descrição : Fortaleza de planta poligonal
formada por 11 baluartes de diferentes dimensões e
colocados assimetricamente, com muralhas rasgadas em 4 troços,
pelo caminho de ferro ou estradas. Muros em talude, corridos
em toda a sua extensão por moldura curva encimada por
parapeito, interrompido nos cunhais por guaritas facetadas.
Os baluartes de Nossa Senhora da Guia, do Souto ou
Castanheiros, Senhora Conceição, São Bento, São Filipe
de Nery são total ou parcialmente envolvidos por falsas
bragas, rasgadas por canhoeiras, formando linha defensiva
mais baixa. Conservam-se ainda 2 portas: a de Salvaterra e a
do Rosal. A 1ª, inicialmente com ponte levadiça, abre-se
na face lateral do baluarte de Salvaterra, com arco pleno
sobre pés-direitos enquadrada por pilastras apoiando frontão
curvo, com armas de Portugal no tímpano. Interiormente é
encimada por adarve. A 2ª, abre-se na muralha entre o
baluarte da Senhora da Guia e o de Terra Nova, de arco
pleno, longa abóbada ladeada por fresteiras, e dupla porta.
Interiormente tem contrafortes, entradas para casamata e 2 túneis
de acesso à falsa braga; exteriormente é encimada por
guarita. Nas suas imediações fica o paiol, de planta
rectangular, cobertura de lajes, rodeada por alto muro com
portal de arco pleno. A N. a fortaleza integra 2 troços do
antigo castelo, com alçado vertical, sobrepujado por
moldura e parapeito, conservando o que fica entre o baluarte
de São Luis e o de São Filipe de Nery porta de arco
quebrado sobre pés- direitos. Baluartes a N. ajardinados:
Cronologia : 1258 - Nas Inquirições tem já
categoria de vila; 1261 - D. Afonso III dá-lhe foral com
regalias semelhantes às de Valença; 1305 / 1308 - segundo
Rui de Pina, D. Dinis manda fazer reforma total das
muralhas; 1369 - durante a guerra de D. Fernando com
Castela, D. Henrique de Trastamara cerca Monção,
levantando o cerco graças ao estratagema lendário de
Deuladeu Martins; séc. 14 / 15 - construção da barbacã e
1 passagem, em parte subterrânea e abrigada, até à água
onde havia 1 torre para defesa; séc. 15 - D. Afonso V manda
construir torre de menagem; séc. 15, fins - D. João II
conclui-a; c. 1506 - desenho de Duarte Darmas mostra torre
de menagem fendida, devido a 1 raio, e a barbacã com alguns
troços já sem coroamento; 1656 - Mestre de Campo Engº
Miguel de L'École, durante a Guerra da Restauração,
constroi fortaleza; 1658, 7 Out. - Marquês de Viana,
comandando tropas espanholas, cerca Monção; 1659, 2 Fev. -
portugueses rendem-se; 1668, 14 Mai. - depois de assinada a
Paz em Madrid, é abandonada por espanhois; 1762 / 1769 -
Engº Manuel Pinto de Vila Lobos e o Conde de Lippe
Schaumburg melhoram sistema defensivo; 1777, até -
aquartelou 1 regimento de Infantaria; c. 1797 - recebe de
Valença guarnição e artilharia, reparando-se os muros;
tinha 13 canhões; 1840 - as muralhas começaram a ruir,
caindo 1 lanço da cortina da Porta do Rosal; pouco depois,
desmantelaram-se as Portas de São Bento para construção
do edifício das Caldas; 1882 - demolida Porta de Melgaço,
para passagem da EN 23; 1902 - Câmara manda arrasar abóbada
da Porta do Sol; 1915 - rompem-se muralhas para construção
de linha férrea e estrada para as Caldas.
Torre de Lapela
Descrição : Torre de planta quadrangular,
simples, com 35 m de altura e 8 m de largura, com 4 pisos
coroados por merlões piramidais. Cobertura em telhado de 4
águas. Alçados rasgados por 3 frestas centradas
sobrepostas, tendo o virado a N. apenas 1 encimando o
portal. Este, abrindo-se à altura de 6 m, tem arco quebrado
sobre pés direitos, com as armas de Portugal na flecha, e
é precedido por pequeno patamar sobre 3 modilhões, a que
se tem acesso por escadas de ferro.
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