A
ocupação humana de Aljustrel data de há 5000 anos, durante a
Idade do Cobre, conforme está comprovado pelos materiais
arqueológicos recolhidos no Castelo. Desde aí nunca mais este
território ficou desabitado, contudo, é durante o período romano
que a sua ocupação sofreu um grande incremento, com o
aproveitamento em larga escala dos seus recursos mineiros, donde
era extraído além do cobre, a prata e o ouro. Em 1876, é
descoberta a 1ª tábua de bronze com parte da legislação mineira
romana. Este achado, referia a existência do couto mineiro
Mettalum Vipascentis e uma cidade romana denominada
Vipasca. Posteriormente, em 1906, foi encontrada uma 2ª
tábua de bronze que veio complementar alguma informação
legislativa, no entanto, a legislação continua incompleta uma
vez que falta uma 3ª tábua.
Os árabes,
durante a sua estadia por estas terras, terão também
aproveitado, não se sabendo em que escala, a riqueza mineira que
a natureza lhes oferecia e terão dado à povoação existente o
nome Al-lustre. O castelo medieval deverá datar, segundo
testemunhos arqueológicos recolhidos, do séc X e terá sido uma
construção em taipa militar de origem muçulmana. Este castelo
foi conquistado por D. Paio Peres Corrêa e os cavaleiros de
Santiago de Espada em 1234, tendo o rei D. Sancho II feito
doação da praça e do território que controlava aquela Ordem de
Cavalaria. O território abrangia parte do que são hoje os
concelhos de Beja, Ferreira do Alentejo, Castro Vrede, Odemira,
Ourique e Santiago do Cacém e incluia o território do actual
concelho de Aljustrel. D. Afonso II deu a Aljustrel o primeiro
foral em 1252, tendo D.Manuel concedido em 1510, foral novo. Com
a reestruturação dos concelhos em 1855, o concelho de Aljustrel
vai absorver o antigo concelho de Messejana