Em
1359, D. Pedro I
mandou edificar
o actual Castelo
e confirma-lhe,
através de nova
carta de Foral
os privilégios
anteriores. D.
João I, Mestre
da Ordem de
Avis, cede em
senhorio a D.
Nuno Álvares
Pereira,
passando os bens
para a Casa de
Barcelos e
posteriormente
para a Casa de
Bragança,
fundada pelo
casamento de D.
Beatriz, filha
do Condestável
com D. Afonso,
filho bastardo
do progenitor da
Ínclita Geração.
O Foral de
Leitura Nova,
foi-lhe
atribuído a 1 de
Junho de 1512 no
decurso da nova
reforma mandada
efectivar por D.
Manuel.
Do período
quinhentista as
construções que
subsistem
mostram a
vitalidade e
importância que
a vila tomou.
São deste
período o
Chafariz
Renascentista,
Igreja de Nossa
Senhora da
Alegria e a
Janela Geminada,
na Rua General
Blanco.Prova
evidente do
desenvolvimento
que Alter
alcançou no
período Barroco,
e do qual se
pode orgulhar,
são as várias
construções
civis e
religiosas de
entre elas
algumas
imponentes, das
quais se
destacam:
Coudelaria de
Alter, mandada
construir por D.
João V em 1748
por iniciativa
do Príncipe D.
José, para a
produção do
cavalo Lusitano,
cujo destino era
a Arte Equestre,
muito em voga
nas cortes
daquela época; o
Palácio do
Álamo, Igreja do
Senhor Jesus do
Outeiro, Igreja
do Convento de
Santo António e
os chafarizes da
Barreira e dos
Bonecos
História:
Abelterium
ou
Eleteri
foi a
designação
romana
que
antecedeu
o nome
de Alter
do Chão.
Atravessada
por uma
das três
vias que
ligavam
Lisboa a
Mérida,
foi
arrasada
pelas
legiões
do
imperador
Adriano,
o que
poderá
estar na
origem
da
construção
de um
castelo
romano.
Por
finais
do
século V
os
Vândalos
ter lhe
iam
infligido
consideráveis
danos,
mais
tarde
reparados
pelos
Muçulmanos,
no
século
VIII. No
século
XIII, D.
Afonso
III
mandou
reedificar
a
construção.
No dia
22 de
Setembro
de 1359,
sobre as
ordens
de D.
Pedro I,
o
castelo
foi
mandado
erguer,
segundo
afirma o
mármore
colocado
à
entrada
da
fortaleza.
D.
Dinis,
tinha um
especial
afecto
por
Alter do
Chão,
visitando-a
numerosas
ocasiões
e
concedendo-lhe
importantes
privilégios,
entre
eles a
promessa
de que
nunca
teria
outro
senhorio
senão o
do rei.
Porém,
D. João
I
quebrou
o
compromisso
e fez
donatário
da vila
o seu
companheiro
de
armas, o
condestável
Nuno
Álvares
Pereira,
que fez
do
castelo
de Alter
um dos
seus
locais
predilectos.
Herdado
pela sua
filha,
este
castelo
viria,
pelo seu
casamento
com o
duque de
Bragança,
a ser
integrado
nos
domínios
da Casa
de
Bragança,
a cuja
fundação
ainda
hoje
pertence.
No
reinado
de D.
João II,
o duque
D.
Fernando
utilizou
este
castelo
como
prisão,
o que
viria a
servir
de forte
argumento
nas
acusações
e
condenação
à morte
do duque
por
rebeldia
e
conspiração
contra o
rei. O
castelo
de Alter
do Chão
foi um
importante
elo de
ligação
com
outros
castelos
da linha
defensiva
alentejana,
entre
eles o
de Alter
Pedroso.
Numa das
invasões
espanholas
durante
a guerra
da
Restauração,
já em
1662, D.
João da
Áustria
mandou
destruir
o
Castelo
de Alter
Pedroso,
que
fora
apanhado
praticamente
desguarnecido,
condenando-o
irremediavelmente
à ruína,
enquanto
o de
Alter do
Chão se
manteve
em bom
estado
até aos
nossos
dias.
Arquitectura: A sua arquitectura, é um exemplar representativo do gótico inicial, caracterizado pela primazia dada à espessura, à altura dos panos e das torres sobre qualquer outro dispositivo, o Castelo de Alter do Chão possui alguns vestígios, como as ruínas de uma antiga habitação castelã, que mostram que foi castelo residência. O Castelo cresceu sob a forma de um pentágono irregular e foi contemplado com três torres rectangulares ameadas e duas cilindricas, uma torre de menagem com 44 metros de altura e no interior um salão com um soberbo tecto em abóboda de berço, além dos portais góticos. A torre de menagem tem dois pisos apoiados em arcos de volta perfeita. Os merlões quadrangulares de seteiras alternadas que encimam algumas das torres foram refeitos durante os restauros da década de 40. Podemos encontrar um adarve a todo o correr da muralha, que no lado este se apoia em cachorrada. Na praça de armas encontramos portas e janelas da alcáçova e algumas construções castrenses, algumas já restauradas. |