Situado no coração do Centro
Histórico, o Castelo deteve uma ocupação humana
intensa desde a Idade do Ferro, sendo que a
existência de três nascentes de água no seu
interior bastante deverá ter contribuído para
esta fixação populacional.
Durante o domínio
muçulmano este local conheceu uma imponente
fortificação islâmica, e foi palco de lutas
renhidas entre cristãos e muçulmanos de que é
testemunho a Lenda da Moura Salúquia.
Definitivamente conquistada ao Islão em 1232,
esta área foi alvo de disputas que envolveram
também a soberania sobre terras do Algarve, que
o Tratado de Alcanices pretendeu encerrar.
D. Dinis procedeu a substancial remodelação
deste Castelo, em 1290, construindo a Torre de
Menagem que sobressai na silhueta desta "Notável
Vila de Moura". Mais tarde, o crescimento
populacional alcançado no Século XVI obrigara á
construção de uma nova cerca, mandada fazer pelo
Infante D. Luís.
No século XVII é a vez da Guerra da
Restauração impelir a um reforço da fortificação
que foi adaptada ao tipo abaluartado, do ponto
de vista militar mais eficiente. Na sequência
desta Guerra, o Duque de Ossuna, depois de
invadir a Vila em 1707, mandou destruir o
castelo, data em que foi parcialmente demolida a
Torre de Salúquia.
O grande sismo de 1755, a perda das funções
militares da Praça em 1805 e a exploração do
salitre no recinto do castelo com o consequente
desmantelamento dos muros, vieram acelerar o
estado de ruína deste monumento.
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