A vila de
Aljezur foi tomada aos mouros em 1249, sendo monarca do reino D.
Afonso III.
O herói da tomada de Aljezur aos mouros foi o Mestre da Ordem
de Santiago - D. Paio Peres Correia e a ocupação contou com a
"intervenção" de Nossa Senhora da Alva, que desde então se
tornou a Padroeira de Aljezur. Quando no firmamento ainda
brilhava a estrela da manhã, os cristãos, conduzidos pelos
Cavaleiros da Ordem de Santiago, deram graças pela expansão da
Fé e olhando o Céu agradeceram a Maria. Certamente, nesse
momento, nasceu a invocação de "Senhora d’Alva".
Em 1267, pelo Tratado de Badajoz, celebrado entre o Rei de
Castela, D. Afonso X e o Rei de Portugal, D. Afonso III, os
castelos do Algarve e, consequentemente, o de Aljezur, são
patrimónios convencionados politicamente, como pertença do Rei
de Portugal.
Em 12 de Novembro de 1280, D. Dinis concedeu foral a Aljezur,
a primeira Carta de Foral concedida pelo mesmo a uma terra
algarvia e em 1 de Junho de 1504, D. Manuel reformou a Carta
Diplomática de D. Dinis e concedeu novo Foral à "honrada
Aljezur".
No século XVII foi mandado construir o Forte da Arrifana,
edificado em 1635 e reedificado em 1670, que tinha como
principal função a defesa de uma armação de pesca que, já em
1516, existia neste local.
O país viveu intensamente a restauração da Independência e em
1646 D. João IV tomou por Padroeira do Reino Nossa Senhora da
Conceição, sendo a Igreja da Carrapateira dedicada à Virgem.
Em 1673 foi mandado construir o Forte da Carrapateira, por D.
Nuno da Cunha de Ataíde, Conde de Pontevel e Governador do
Reino, tendo envolvido a igreja já existente. Na época após
Restauração, reinados de D. Afonso VI e seu irmão, Regente e
depois Rei de Portugal - D. Pedro II, infestavam os mares
portugueses corsários marroquinos que desembarcavam nos
ancoradouros marítimos mais favoráveis e desprovidos de defesa
militar. Iniciavam, então, o assalto às povoações mais próximas.
Carrapateira ergue-se entre duas praias de fácil desembarque: a
Praia da Bordeira, a Norte e a Praia do Amado, a Sul. Dessas
praias dirigiam-se ao casario e praticavam com violência o roubo
e a destruição. Levavam consigo, no espólio do massacre, jovens
de ambos os sexos que eram vendidos como escravos nos mercados
de Argel.
Aljezur e todo o concelho sofreu uma enorme destruição com o
terramoto de 1755. Afastando-se dos escombros da vila, o Bispo
D. Francisco Gomes de Avelar, projectou e fez construir em
frente ao castelo e do outro lado da ribeira o templo da Igreja
Nova, com o propósito de encontrar um espaço plano e arejado,
não apenas para a Igreja mas também para o novo aglomerado
urbano que deveria nascer.