Foi erguido após a
Restauração da
independência
portuguesa, por
determinação de
D. João IV
(1640-1656), a
partir de
1647, sob a
supervisão de D.
António Luís de
Meneses
(1596-1675), 3°
conde de Cantanhede,
na qualidade de
Governador das Armas
da Praça de Cascais.
Fazia parte da 1ª
linha de
fortificações
marítimas e
fluviais, erguidas à
época entre o
Cabo da Roca e a
Torre de Belém,
para defesa da
cidade de
Lisboa. Cruzava
fogos com o
Forte de Nossa
Senhora do Vale
(a Leste, à
esquerda) e
Forte de Nossa
Senhora de Porto
Salvo (a Oeste,
à direita).
Ao se
iniciar o
século XVIII, o
conde D.
Rodrigo da Silveira
foi nomeado seu
governador (1701),
mas já em
1735, padecendo
de assoreamento, se
encontrava
desativado e a sua
artilharia
inutilizada. Anos
mais tarde, em
1751, se
encontrava
restaurado, mas,
mesmo artilhado, em
1777 se
encontrava
desguarnecido,
habitado por uma
família de civis. Ao
se encerrar o
século, foi nomeado
como seu governador
Manoel António da
Cunha (1800),
encontrando-se
guarnecido em
1802.
No
século XIX, com
a perda da sua
função defensiva
diante da evolução
dos meios bélicos,
foi desartilhado, e
utilizado em outras
funções: em 1815
encontrava-se
novamente invadido
pelas areias com a
sua tenalha direita
derrubada, faltando
portas e
janelas; entre
1831-1832, tendo o
Infante D. Francisco
construído um
palacete fronteiro
ao forte, passou a
servir-se do
monumento como alvo
para exercícios de
tiro; foi arrendado
por nove anos ao
bacharel
João Cardoso Ferraz
de Miranda (1878);
em
1895 a
Administração-geral
das Alfândegas
solicitou a cessão
do imóvel para nele
instalar um posto
fiscal.
No início do
século XX, após
obras de adaptação,
foi finalmente
cedido à Guarda
Fiscal, que o ocupou
até
1946, quando ali
se instalou a
Mocidade Portuguesa.
Data deste período a
primeira intervenção
de conservação e
restauro promovida
pela
Direcção-Geral dos
Edifícios e
Monumentos Nacionais
(DGEMN, 1952-1958).
Após a
Revolução dos Cravos,
as suas instalações
foram entregues ao
Fundo de Apoio às
Organizações Juvenis
para serem
utilizadas como
colónia de férias (1976).
No ano seguinte,
passou para a
Associação
Portuguesa de
Pousadas da
Juventude.
Encontra-se
classificado como
Imóvel de Interesse
Público através
do Decreto nº 95, de
12 de Setembro
de
1978. Recuperado
pela DGEMN (1982 e
1984-1986), desde
22 de Outubro de
1984 encontra-se
cedido ao Corpo
de Voluntários
Salvadores Náuticos,
que lhe ocupa as
intalações até hoje,
mantendo-as bem
conservadas.
Recentemente, em
1997, a DGEMN e
a Câmara
Municipal de Oeiras
procederam-lhe novas
obras de recuperação
e de reabilitação.
Características
Pequena
fortificação
marítima,
abaluartada, com
planta poligonal
estrelada irregular
(orgânica), em
estilo barroco.
Pelo lado de terra,
abre-se o portão
monumental, de arco
pleno sobre
pilastras, encimado
por placa epigráfica
de pedra datada de
1647, com as armas
de Portugal. O
núcleo central do
forte apresenta
planta quadrangular,
com dependências
abobadadas e
duas baterias para
tiro rasante pelo
lado do mar. Acima
das dependências, em
terraço lajeado,
abre-se a bateria
elevada.
Dois baluartes
defendem o lado de
terra e o portão,
apresentando nos
vértices
guaritas
quadrangulares
encimadas por
cúpulas
piramidais.
Curiosidades
-
O nome do
forte deve-se ao
fato de que, à
época, a sua
construção era
próxima ao
Convento de
Laveiras dos
frades cartuxos
de São Bruno.
-
Este forte
integrava as
chamadas
Linhas de Torres
à época da
Guerra
Peninsular.
Ver também
CALLIXTO, Carlos
Pereira,
Fortificações
Marítimas do
Concelho de Oeiras.
Lisboa: ???, 1986.
Ligações
externas