FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ
A construção da
fortaleza foi autorizada no reinado de D. José I (Julho/1750 - fevereiro/1777),
que teve como primeiro ministro, o marquês de pombal, um representante do
despotismo esclarecido.
Suas pedras foram retirados por negros, cablocos e Indios da embocadura do rio
pedreira, e durou 18 anos para se terminada, e foi inalgurada no dia de São
José.
Pela sua grandiosidade esta fortaleza, configura o particular interesse
geo-politico lusitano em garantir o domínio sobre as terras conquistas com base
no tratado de madri - janeiro de 1750, entre portugal e espanha, por onde se
definiu os limites fronteiriço ao norte da colônia brasileira.
Administrada diretamente pela capitania do grão-pará e maranhão, a obra foi
iniciada em 29 de junho de 1764. No mesmo ponto em que anteriormente se
construíram os redutos de 1738 e 1761, veio a fortaleza a ser erguida
estrategicamente na foz, pela margem esquerda do rio Amazonas, onde exerceria as
funções de: Impedir por esta via, a entrada de navios invasores; defender;
abrigando no seu interior, os moradores da vila de São José de macapá, caso
sofressem ameaça de assédio; servir como ponto de reabastecimento de um exercito
aliado; elo de comunicação e vigilância entre as demais fortificações espalhadas
pelo interior e fronteiras; assegurar a exploração dos produtos regionais (droga
do sertão), e seu exclusivo comércio com a metrópole; manutenção da ordem
soberana de portugal na região.
E comporia também uma cadeia de fortificações distribuídas ao longo do rio
amazonas e afluentes visando proteções das inclusões que estabeleceriam comércio
do escravo africano com o ouro do Peru. Contudo a fortaleza de São José de
Macapá nunca entrou em combate, realizando parte de suas funções estratégicas.
Foi a segunda comissão demarcadora de limites da Amazônia, ocupada com o
levantamento das potencialidades econômicas regionais, quem recebeu através do
governador da capitania do grão-pará, a ordem imperial do planejamento de
fortificação para macapá.
Em seguida, a comissão composta de homens ilustres como: Gaspar João Geraldo
Gronfelds, henrique João Wilkens, Domingos Sambucetti, Antônio José Landi, e dos
astrônomos, João Brunelli e Miguel Antônio Ciero, coordenados por Henrique
Antônio Galucio, que estudaram os Tratados sobre fortificações, de Manuel
Antônio Azevedo Fortes. E com adaptações à realidade local, materializaram
arquitetonicamente a fortaleza como um complexo fortificado composto por núcleo
cercado externamente por outros elementos construtivos, de reforços à defesa.
Todavia, por falta de recursos, esta majestosa obra não chegou a ser
completamente acabada, e por isso as fases posteriores de abandono levaram ao
arruinamento e o conseqüente de alguns pontos mais vulneráveis.
Internamente, o núcleo (praça principal) tem a configuração de um quadrado com
quatro baluartes pentagonais nos vértices, o que permitiria o cruzamento de fogo
sobre o inimigo, detalhe este marcado pela influência da engenharia francesa do
século XVII, com bases defensivas da guerra de posição expressa no 8º modelo do
construtor Sebastién de Le Preste, marquês de Vauban, exemplo destacado da obra
de Manuel Azevedo Fortes.
E no interior deste quadrado se encontra uma praça rebaixada com um esgotadouro
de águas pluviais no centro, nas laterais, oito prédios destinados ao
aquartelamento dispostos dois a dois. Limitam esta área rasa, a conformação de
terraplenos elevados que interligam na mesma altura, os baluartes; e sob os
terraplenos sul e leste, existem respectivamente, dois conjuntos de casamatas,
com doze unidades cada.
Externamente, de imediato, temos o fosso seco, que no projeto original
contornava toda a praça principal, porém, hoje restando apenas na parte sul e
oeste. Ao sul, do fosso seco, ainda é perceptível vestígios da rampa de acesso
ao redente, hoje desaparecido. A oeste, além do fosso seco passar em frente do
portão principal, temos o revelim, também contornado por este fosso. O revelim
ligava-se à