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CASTELO DE VEIROS Uma história riquíssima
Acesso : Coroando a cumeeira da colina de Veiros, bem visível Enquadramento : Urbano, o topo de colina escarpada, dominando vasto horizonte, a espreitar sobre as planuras da Extremadura castelhana, isolado e em destaque Descrição : Cerca de muralha de linha sinuosa acompanhando as curvas de nível da morfologia, com planta em esboço de trapézio com vector axial E-O e virando os pórticos aos pontos cardeais, definindo uma estrutura ortogonal regular, é edificada em alvenaria de xisto, com paramentos baixos com cerca de dois metros de espessura, coberta de adarve. Conserva nove torres. Seis, de frente arredondada, enquadram os pórticos N., S. e O. Outras duas, uma circular e outra quadrangular, vigiam e defendem o amplo paramento N.N.W vasto terreiro definido pelos escombros, jaz cravada a lápide fundadora da reedificação dionisina, belo espécimen epigráfico sobre uma longa laje lavrada dividida em três tramos, que aparenta ter sido elemento de verga ou friso retabular românico, ou gótico recuado. Época Construção : Idade Média Arquitecto/Construtor/Autor : Pedro Abrolheiro - mestre da obra, comprovado por epígrafe (cf. descrição) em 1308 Cronologia : Séc. 14. Sendo provável que houvesse fortificação antecedente, a edificação dos muros actuais começou em 1308 1939 - restauro geral; CME: 1998 - 2000 - obras de recuperação no âmbito do Plano Global de Intervenção do Centro Rural de Veiros. Tipologia : Arquitectura militar. Gótica. Protótipo, juntamente com o Castelo de Portel, de um universo muito característico da arquitectura militar regional dos séc. 13 / 14. Estruturas mistas em Alvenaria roqueira, cantaria de granito e mármore em elementos secundários. in DGEMN ALMEIDA, João (Gen.), Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, III, Lisboa, 1948; ESPANCA, Túlio, Distrito de Évora, Concelho de Évora, in Inventário Artístico de Portugal, VII, SNBA, 1975. Observações : A povoação, tomada por Dom Afonso II em 1217, é tida por existir desde tempos remotos talvez proto-históricos, tendo nome romano de Valerivs. Uma colina escarpada com posição vigilante sobre um vasto horizonte estratégico, dominando as correrias na campina "estremeña", é provável que estivesse dotada de defesas desde tempos recuados. A torre de menagem foi integralmente destruída por explosão ordenada por Dom João de Áustria, para castigar a resistência armada da população. Por ordem do Conselho de Guerra de Dom Afonso VI, durante as Guerras da Restauração, o adarve foi reforçado por sólido paramento cego que substituíu as ameias. O pórtico de E. ficou obstruído pelo casario. Documentação: DGEMN
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