ARMAMENTO
OFICIAIS
ARTILHARIA, CAÇADORES,
INFANTARIA E CAVALARIA
- Revólver Abbadie m/1878,
fig. 104. |
|
|
Figura 104
|
- Estojo m/1878, fig.
105, para revólver. |
|
|
Figura 105
|
- Fiador m/1886, fig.
106, para revólver sendo: o nº 1 de
cordão de seda (geralmente preto) e o nº
2 de lã (geralmente branco). |
|
|
Figura 106
|
- Fiador, m/1892, fig.
107, de liga de seda ou algodão branco para
espada. |
|
|
Figura 107
|
ARTILHARIA E CAVALARIA
- Espada e bainha,
m/1892, fig. 108 de ferro polido. |
|
|
Figura 108
|
CAÇADORES E
INFANTARIA
- Espada com bainha e braçadeiras
de ferro polido, copos ourados, m/1892, fig.109.
|
|
|
Figura 109
|
ARTILHARIA
Narra-nos, António
Ennes, " (
) Era variadíssima (a artilharia)
e nas sua atrelagens figuravam todas as espécies
zoológicas aplicáveis à tracção,
engenhosamente aproveitadas e adestradas pelo capitão
Couceiro, que, como Freire de Andrade, sabia acomodar-se
às circunstâncias e fazer a guerra como
era possível. Pacíficos jumentos, que
já tinham largado o pelo lá pelas matas
da fronteira do Transval, puxavam as metralhadoras;
as peças de montanha (B.E.M.) iam a varais, com
duas muares cada uma; duas juntas de bois tiravam o
canhão-revólver, com o seu armão;
as Gruson tinham sido engatadas a carros de munições,
arrastados por duas juntas. Numa parada, aquela tralhoada
parceria grotesca, no mato, em serviço de campanha,
era um prodígio do brio, do esforço, da
vontade de ir para diante, de quem a organizara (
)"
- Canhões Gruson de tiro rápido
de 37mm.
- Canhão-revólver Hotchkiss
- Metralhadoras Nordenfelt de 11mm, fig. 110 e111.
- Peças de fabrico
português B.E.M. (Bronze, Estriada, Montanha)
de 7cm, m/1882, fig.112 e 113. Por se tratar de uma
peça portuguesa poderemos acrescentar que o seu
tubo de bronze pesava 95 kg., atirando granadas explosivas
de 3,7 kg. a um alcance de " A + 17 graus: 3000m.,
fig. 112 e 113.
Foi a partir de 1879 que
se iniciou o fabrico deste material, o primeiro em Portugal
a ser de retrocarga. A culatra móvel, de aço
Krupp, era igualmente fabricada no Arsenal do Exército.
MATERIAL DE ACAMPAMENTO
E BIVAQUE
" (
) Ao todo havia
as cantinas das unidades expedicionárias, por
sinal bem pouco resistentes. Barracas, abrigos de qualquer
sistema ou padrão, nenhuns figuravam nos inventários
da administração militar; e, todavia,
era bem certo que as forças haviam de pernoitar,
de estacionar, nas margens húmidas do Incomati.
Paciência, improvisar-se-iam mussaças (cabanas
de mato)! Mas era indispensável, ao menos, que
quando as praças se deitassem pudessem meter
entre o corpo e a terra, ensopada pelo relento ou pela
chuva, alguma coisa que as defendesse de biliosas e
de reumatismo, e que essa coisa fosse facilmente transportável.
O que havia de ser? Cauchu, oleado encerado, não
se encontrava na cidade. Caldas Xavier alvitrou que
se fizessem a toda a presa lençóis de
algodão cru, e se tornassem impermeáveis
embebendo-os numa dissolução de alúmen
e acetato de zinco (
) aprontaram-se uns 800 lençóis
em poucos dias, e cada soldado teve ordem de levar o
seu, na marcha, envolvendo o capote enrolado (
).
In: A Guerra de África em 1895, por António
Ennes.
Página seguinte>>>
<<<Página
anterior
|