CAMPANHAS ULTRAMARINAS
1961 - 1974

Patrulha no Lugenda (Moçambique)
Março 1969
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A "diáspora"
Ultramarina Portuguesa poder-se-á dizer que
começou no ano de 1415, com a conquista de
Ceuta, e findou no dia 20 de Dezembro de 1999 com
o arrear da bandeira Nacional e o hastear da bandeira
da República Popular da China em Macau, marcando
assim o fim da presença portuguesa de quase
cinco séculos e meio "nas quatro partidas
do Mundo"
As nossas últimas Campanhas
em África, iniciaram-se em Angola no dia
15 de Março de 1961, devido aos massacres
efectuados, a norte desse território, na
zona dos Dembos e na fronteira com o Congo.
Em Janeiro de 1963, começaram
as hostilidades na Guiné-Bissau, com o
ataque à guarnição de Tite
e com o início das primeiras emboscadas
na região de Bedanda.
Já na África Oriental
Portuguesa, Moçambique, a guerra teve o
seu princípio no dia 25 de Setembro de
1964, data do ataque ao Posto Administrativo do
Chai, no Distrito de Cabo Delgado.
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Picada no Norte
de Moçambique 1969
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O esforço
que Portugal, país pequeno, teve que enfrentar
foi gigantesco, na medida em que num prazo de quatro
anos, se viu a braços com uma guerra, que
tinha três frentes, em locais muito distantes
entre e si e distantíssimos da Metrópole.
A própria guerra, sem rosto, atacava, no
mesmo território, em locais extremamente
distantes uns dos outros, quer dizer, a Norte, a
Sul, a Leste, etc.
Se analisarmos, friamente e sem
susceptibilidades, o esforço de guerra
foi fantástico para um País que
só pôde contar com ele e com a hostilidade
(frontal ou encapotada) de praticamente todos
os países do Mundo e dos nossos aliados
que tinham imensos pruridos em nos apoiar numa
guerra contra a independência das nossas
colónias, a que nós, teimosamente
insistíamos em não reconhecer tal
direito, por consequência não tínhamos
intenção de dar a autodeterminação
a esses povos, que estava tão em voga,
na década de sessenta, nos países
europeus ex-colonizadores ou não.
O autor
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