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Castelo Garcia D’Ávila em Praia do Forte Salvador
O Castelo Garcia d’Ávila em Praia do Forte é considerado uma das primeiras grandes edificações portuguesas que foram construídas no Brasil. Na America, o Castelo da Torre de Garcia D'Ávila é o único exemplar de Castelo em estilo medieval. Construído por Borges de Barros, O Castelo Garcia d’Ávila em Praia do Forte foi uma instalação militar, mas também já foi a sede do maior latifúndio do mundo que já viu o planeta. As propriedades ficavam entre da Bahia e o Maranhão. A superfície desse latifúndio tinha uma área de cerca de 800 mil quilômetros quadrados. Esse tamanho é equivalente a 1/10 do território brasileiro de hoje. Era a estratégia dos portugueses dividir o Brasil em 10 unidades para marcar presença perante os outros colonizadores como Holanda, Francia e Inglaterra, todos eles interessados no Brasil
Serviu na Índia e chegou à Bahia em 29 de março de 1549, com seu pai, Tomé de Sousa, primeiro governador geral do Brasil, sendo nomeado, no dia 1 de junho, "feitor e almoxarife da Cidade do Salvador e da Alfândega". Era um cargo sem ordenado, arriscando-se a viver dos azares do negócio, tendo apenas "os prós e precalços que lhes diretamente pertencerem". Como os soldos e serviços eram pagos geralmente em mercadorias e muito raramente em dinheiro, Garcia D'Ávila recebeu, em 15 de junho, seu primeiro pagamento - duas vacas, por 4$ -, assim começando sua longa jornada de sucesso. Trabalhou com esforço austero e inexcedível energia durante a construção de Salvador e instalou-se inicialmente em Itapagipe, depois em Itapoã, vindo a se tornar o primeiro Bandeirante do Norte.

Garcia d'Ávila nunca se identificou como filho de Tomé de Sousa porque a lei portuguesa proibia que capitães-mores e governadores doassem sesmarias a seus familiares. Sobre Garcia d'Ávila, o padre Manuel da Nóbrega escreveu: "parecendo-me ainda estar Tomé de Sousa nesta terra". Garcia era um nome comum na família de Tomé de Sousa, por sua vez filho de João de Sousa, abade de Rates, e descendente de Martim Afonso Chichorro e do rei Afonso III de Portugal.

Tomé de Sousa doou a Garcia d'Ávila catorze léguas de terras de sesmaria que lhe haviam sido outorgadas pelo rei Dom Sebastião. Estas terras iam de Itapoã até o Rio Real e Tatuapara, pequeno porto cinqüenta metros sobre o nível do mar. Foi lá que Garcia d’Ávila, após ter vencido as tribos indígenas existentes ao norte de Salvador, ergueu sua Casa da Torre em 1550. Em 1557, já era o homem mais poderoso da Bahia.

Grande desbravador, no final do século XVI sua propriedade já era a maior do Brasil, a se estender do rio Itapucuru no norte ao rio Jacuípe no Sul. Administrava seu latifúncio da Casa da Torre em Tatuapara, arrendando sítios a terceiros e fazendo uso de procuradores e ameríndios aculturados e libertos.

Seu herdeiro foi Francisco Dias d’Ávila Caramuru, filho de sua filha Isabel d’Ávila (tida com uma índia) e de Diogo Dias, filho de Vicente Dias e Genebra Álvares e neto de Caramuru e Paraguaçu.

A Casa da Torre tem suas origens na iniciativa de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, casado com Catarina Álvares, a Paraguaçu, uma Tupinambá batizada na França com o nome de Catarina do Brasil - o primeiro casal cristão na colônia brasileira.

A descendência de ambos, através de Diogo Álvares Dias, filho de Genebra Álvares e Vicente Dias, natural de Beja, entrelaçou-se não apenas na progênie (Isabel de Ávila) de Garcia d'Ávila com a indígena Francisca Rodrigues, como na geração de Jerônimo de Albuquerque com a filha da aldeia de Olinda, Muira-ubi - Maria do Espírito-Santo Arcoverde. Vinculou-se, mais tarde, com os descendentes de Domingos Pires de Carvalho, casado com Maria da Silva; com a geração de Felipe Cavalcanti casado com Catarina de Albuquerque e com a descendência do casal José Pires de Carvalho - Tereza Vasconcellos Cavalcanti, de Albuquerque Deus-Dará, formando o arcabouço da aristocracia do Recôncavo Baiano.

A Casa da Torre foi o embrião de um grande morgado no estilo feudal que se iniciou na capitania da Bahia ainda no século XVI e que, durante 250 anos, expandiu-se ao longo das gerações dos seus senhores, pela quase totalidade da Região Nordeste do Brasil. Constitui-se no centro de um expressivo poder militar no período colonial, sem cujo auxílio essa mesma região possivelmente teria sido perdida para a França ou para os Países Baixos. De 1798 em diante, esteve envolvido nas lutas pela Independência do Brasil e muitos dos seus membros foram agraciados com títulos de nobreza tanto por Pedro I do Brasil como por Pedro II do Brasil.

Além de seu papel de vulto no desbravamento do sertão nordestino e na evolução territorial do Brasil, a Casa da Torre foi pioneira na pecuária na região e estando associada ao trânsito no chamado Caminho da Bahia, que abasteceu as Minas Gerais.

Invasões Neerlandesas do Brasil e expansãoNo contexto da segunda das invasões neerlandesas ao Brasil (1630-1654), o seu neto, Francisco Dias de Ávila Caramuru (c. 1621-1645), auxiliou na defesa, fornecendo homens e víveres: a Casa foi utilizada como refúgio temporário por Giovanni di San Felice, conde de Bagnoli, que assumiu o comando das forças portuguesas após o desastre na batalha de Mata Redonda (janeiro de 1636) (GARRIDO, 1940:83). Dos domínios da Casa da Torre, partiram as primeiras bandeiras sertanistas que introduziram a pecuária na região Nordeste do Brasil: Francisco Dias de Ávila II (c. 1646-1694), na segunda metade do século XVII, após dominar os Cariris, ampliou as fronteiras desse latifúndio familiar até os sertões de Pernambuco.

No século seguinte, o seu sucessor, Garcia de Ávila Pereira, atendeu solicitação do Governador-Geral D. Rodrigo da Costa (1702-1705), para substituir o antigo Forte da Praia, então desaparecido, e fez construir, às próprias expensas, o Forte de Tatuapara, em alvenaria de pedra e cal (Carta a Garcia d'Avila (3º) em 23 de agosto de 1704. in: "Anais do Arquivo Público da Bahia (Vol. VI)", p. 157-158. Documentos Históricos (Vol. XL), p. 180. apud: CALMON, 1958:150), hoje por sua vez desaparecido. Este morgado comandava, na ocasião, um Regimento de Auxiliares composto por três Companhias, com a função de guarnecer a costa entre o rio Real e o rio Vermelho (CALMON, 1958:130). De acordo com GARRIDO (1940), a sua artilharia teria sido completada em torno de 1710-1711 (op. cit., p. 83). Com a morte de Garcia de Ávila Pereira de Aragão em 1805, na ausência de herdeiros o morgadio da Torre passou para os Pires de Carvalho e Albuquerque (SOUSA, 1983:111).

 
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