MÁQUINAS DE
GUERRA
Como é do conhecimento geral
as máquinas de guerra, segundo alguns autores,
já vêm do tempo dos Gregos embora tenham
sido os Romanos quem mais as utilizou.
TRABUCOS
Utilizava-se para arremessar
pedras e outro tipo de projécteis incendiários.
Funcionava pelo sistema de contrapeso, sendo formado
por um grande cavalete no qual girava sobre um eixo
ou munhões horizontais, a um quarto do seu
comprimento, uma grande viga ou braço de
madeira lastrada, na extremidade mais curta, por
um grande peso. O braço ficava geralmente
vertical, com o peso para baixo, mas quando se queria
fazer funcionar era colocado horizontalmente, puxando
cinquenta ou cem homens pela extremidade elevada,
para baixo, até ser fixada num gatilho junto
ao chão. O grande peso motor ficava portanto
elevado no ar. Soltando-se o gatilho este peso descia
com enorme violência atirando com o outro
lado para cima e arremessando o projéctil
colocado na funda, como se fosse um fundibulário
gigante.
Podia arremessar pedras de 100
a 200 quilos de peso que derrubavam torres e muralhas
abrindo-lhes grandes brechas. Uma máquina
destas teria um braço com cerca de 15 metros
e um contrapeso de 9 toneladas, podendo o seu
alcance atirar a 300 metros uma pedra de 130 quilos,
tudo dependia das suas dimensões, fig.
108.
Por vezes eram arremessados cadáveres
de combatentes ou de cavalos para dentro das cidades
sitiadas, a fim de provocarem nelas peste ou outras
doenças contagiosas.
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Figura 108
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ESCADAS DE ASSALTO
Eram de diversos modelos e tamanhos, umas tinham ganchos
numa das extremidades para engatarem nas muralhas, outras
era providas de dois pés que as sustinham direitas
sem cair e finalmente escadas normais.
TORRES DE ASSALTO
Também chamadas
"moveis ou volantes", tratava-se de uma
torre de madeira provida rodas ou que se moviam,
rolando sobre troncos lisos até chegar às
muralhas dos castelos. Tinham diversos andares,
conforme a altura das muralhas. Umas tinham uma
espécie de ponte levadiça que abria
ao chegar às muralhas ou lançavam-se
tábuas para se poder dar o assalto ao castelo.
Estas torres eram feitas em madeira,
sendo protegidas por peles verdes e molhadas,
vegetação fresca, afim de evitar
que os objectos incendiários, que eram
lançados do alto das muralhas, lançassem
fogo às madeiras fig. 109.
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Figura 109
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ARÍETE
Instrumento para bater
as muralhas ou portas das cidades. Na prática
consistia numa grossa e pesada viga de ferro armada
numa das extremidades, com uma peça de ferro
geralmente em forma de cabeça de carneiro
ou em bico.
Este podia transportar-se a braços
ou sobre rodas. Os mais ligeiros eram percutidos
à mão, os mais pesados eram suspensos
e imprimia-se-lhe um movimento de vaivém
contra o local pretendido, fig. 110.
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Figura 110
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OUTROS ENGENHOS
Por este título não específico
poderemos ter em consideração outro tipo
de máquinas assim temos:
MANGANOTE
Compunha-se de uma haste (verga) de madeira rodando
à volta de um eixo horizontal. Na extremidade
do braço menor tinha um contrapeso e na outra
uma funda onde se colocavam os projécteis a arremessar.
Geralmente lançava pedras esféricas,
barris com nafta e outros materiais inflamáveis.
Havia-os de tamanhos diferentes, ligeiros fig.111 e
pesados fig. 112, o sistema de engate da funda era como
se pode ver na fig. 113. O tiro era curvo, isto é
por elevação, fig. 114.
BALISTA
Segundo Mayern e outros: a balista lançava
pedras exclusivamente já em uma só massa
de oito a doze quintais, já em cestos à
maneira da moderna metralha. Nos sítios, não
só serviam para ferir, romper e transtornar,
senão para introduzir nos castelos barris com
mistos incendiários, com imundícies e
até cadáveres, para empestar ou infeccionar
o ar.
Havia-as de diversos modelos e tamanhos,
fig. 115 e 116. Contudo aos poucos foi-se deixando de
utilizar estas máquinas porque eram de fabricação
muito difícil, assim preferiam o trabuco, que
com algumas árvores se podiam construir e eram
de maior efeito.
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Figura 115
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Figura 116
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