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Uniformes
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Exércitos da reconquista na formação de Portugal 1139 - 1263

MÁQUINAS DE GUERRA

Como é do conhecimento geral as máquinas de guerra, segundo alguns autores, já vêm do tempo dos Gregos embora tenham sido os Romanos quem mais as utilizou.

TRABUCOS

Utilizava-se para arremessar pedras e outro tipo de projécteis incendiários. Funcionava pelo sistema de contrapeso, sendo formado por um grande cavalete no qual girava sobre um eixo ou munhões horizontais, a um quarto do seu comprimento, uma grande viga ou braço de madeira lastrada, na extremidade mais curta, por um grande peso. O braço ficava geralmente vertical, com o peso para baixo, mas quando se queria fazer funcionar era colocado horizontalmente, puxando cinquenta ou cem homens pela extremidade elevada, para baixo, até ser fixada num gatilho junto ao chão. O grande peso motor ficava portanto elevado no ar. Soltando-se o gatilho este peso descia com enorme violência atirando com o outro lado para cima e arremessando o projéctil colocado na funda, como se fosse um fundibulário gigante.

Podia arremessar pedras de 100 a 200 quilos de peso que derrubavam torres e muralhas abrindo-lhes grandes brechas. Uma máquina destas teria um braço com cerca de 15 metros e um contrapeso de 9 toneladas, podendo o seu alcance atirar a 300 metros uma pedra de 130 quilos, tudo dependia das suas dimensões, fig. 108.

Por vezes eram arremessados cadáveres de combatentes ou de cavalos para dentro das cidades sitiadas, a fim de provocarem nelas peste ou outras doenças contagiosas.


Figura 108

ESCADAS DE ASSALTO

Eram de diversos modelos e tamanhos, umas tinham ganchos numa das extremidades para engatarem nas muralhas, outras era providas de dois pés que as sustinham direitas sem cair e finalmente escadas normais.

TORRES DE ASSALTO

Também chamadas "moveis ou volantes", tratava-se de uma torre de madeira provida rodas ou que se moviam, rolando sobre troncos lisos até chegar às muralhas dos castelos. Tinham diversos andares, conforme a altura das muralhas. Umas tinham uma espécie de ponte levadiça que abria ao chegar às muralhas ou lançavam-se tábuas para se poder dar o assalto ao castelo.

Estas torres eram feitas em madeira, sendo protegidas por peles verdes e molhadas, vegetação fresca, afim de evitar que os objectos incendiários, que eram lançados do alto das muralhas, lançassem fogo às madeiras fig. 109.


Figura 109

ARÍETE

Instrumento para bater as muralhas ou portas das cidades. Na prática consistia numa grossa e pesada viga de ferro armada numa das extremidades, com uma peça de ferro geralmente em forma de cabeça de carneiro ou em bico.

Este podia transportar-se a braços ou sobre rodas. Os mais ligeiros eram percutidos à mão, os mais pesados eram suspensos e imprimia-se-lhe um movimento de vaivém contra o local pretendido, fig. 110.


Figura 110

OUTROS ENGENHOS

Por este título não específico poderemos ter em consideração outro tipo de máquinas assim temos:

MANGANOTE

Compunha-se de uma haste (verga) de madeira rodando à volta de um eixo horizontal. Na extremidade do braço menor tinha um contrapeso e na outra uma funda onde se colocavam os projécteis a arremessar.

Geralmente lançava pedras esféricas, barris com nafta e outros materiais inflamáveis. Havia-os de tamanhos diferentes, ligeiros fig.111 e pesados fig. 112, o sistema de engate da funda era como se pode ver na fig. 113. O tiro era curvo, isto é por elevação, fig. 114.

Figura 111
Figura 112
Figura 113
Figura 114

BALISTA

Segundo Mayern e outros: a balista lançava pedras exclusivamente já em uma só massa de oito a doze quintais, já em cestos à maneira da moderna metralha. Nos sítios, não só serviam para ferir, romper e transtornar, senão para introduzir nos castelos barris com mistos incendiários, com imundícies e até cadáveres, para empestar ou infeccionar o ar.

Havia-as de diversos modelos e tamanhos, fig. 115 e 116. Contudo aos poucos foi-se deixando de utilizar estas máquinas porque eram de fabricação muito difícil, assim preferiam o trabuco, que com algumas árvores se podiam construir e eram de maior efeito.

Figura 115
Figura 116

 


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