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Uniformes
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Exércitos da reconquista na formação de Portugal 1139 - 1263

BANDEIRAS E INSÍGNIAS

Remonta à mais alta antiguidade o costume de suspender numa haste um pedaço de tela mais ou menos ornada com imagens, emblemas, etc. esta era considerada como um sinal de comando e símbolo do poder, tornando-se um ponto de referencia para a reunião das tropas.

Na idade média as bandeiras multiplicaram-se extraordinariamente; soberanos, cavaleiros, ricos-homens, ordens religiosas, tinham cada um a sua bandeira, pendão, guião, estandarte, flâmula, golfalão, etc.

Por esta época, além das Armas dos Soberanos, viam-se os pendões e balsões das Ordens Monastico-Militares, outras com imagens de santos, principalmente S. Jorge, crucifixos e outras só com cores identificativas, bipartidas, tripartidas, esquarteladas, etc. Em Portugal o uso das bandeiras só passou a ser mais ou menos regulamentado a partir de 1385.

No que diz respeito aos Sarracenos a variedade também era muito grande, viam-se crescentes e muitas com inscrições de algumas passagens do Alcorão, etc. a quantidade de bandeiras, pendões, insígnias, dependia da importância do chefe da força que comandava ou castelo que governava.

BANDEIRAS DOS CRISTÃOS


BANDEIRA DAS QUINAS

Não restam dúvidas que esta era a bandeira de Portugal desde 1139 até à conquista definitiva do Algarve, foi igualmente a primeira bandeira das quinas, fig. 117. Era representada por cinco escudetes, de azul, dispostos em cruz e com os escudetes lateiras de pontas viradas para o centro, estando cada escudete carregado com um número variável de besantes de prata, mas predominando o número de 11 besantes em cada escudete, dispostos em 3 - 2 - 3 - 2 - 1.

O significado dos escudetes tem diversas versões no aspecto simbólico como pertencendo-lhe, uns dizem que representam os cinco reis mouros que D. Afonso Henriques derrotou, outros que são as cinco chagas de Cristo e outros ainda afirmam que representam os cinco ferimentos recebidos pelo mesmo Rei na Batalha de Ourique. Quanto aos besantes de prata representam a afirmação do direito de cunhar moeda que o Rei Fundador considerou pertencendo-lhe.


Figura 117

ESTANDARTE REAL

Não se deveria chamar assim a qualquer bandeira militar, mas somente à real, que acompanhavam os soberanos quando iam para a guerra, fig. 118.

Figura 118

GUIÃO REAL

Era igual à bandeira mas mais pequeno.

BALSÃO DOS TEMPLÁRIOS

Sustentada na horizontal, sendo bipartida de branco e preto tendo ao centro uma cruz ocular, vermelha, com os extremos arredondados, fig. 119.

Figura 119

GUIÕES DOS TEMPLÁRIOS

Geralmente eram estreitos e presos na vertical à haste, vendo-se uns com a parte superior preta que ocupava 1/4 e a branca 3/4, fig. 120 ou metade fig. 121.

Figura 120
Figura 121

GUIÃO DOS TEUTÓNICOS

Preso à haste na vertical com a largura de ½ bandeira, fundo branco com uma cruz preta, fig. 122.

Figura 122

BANDEIRA DE CALATRAVA

Fundo branco e uma cruz vermelha, fig. 123.

Figura 123

BANDEIRA DE CISTER

Sobre fundo branco uma cruz floreteada de verde, tendo de cada lado um pássaro preto, fig. 124.

Figura 124

BANDEIRAS DOS SARRACENOS

Segundo Ben Kaldum (…) a bandeira era um sinal de comando, o símbolo do poder e do direito de levantar, manter e dirigir as tropas (…)

Efectivamente os mouros sempre utilizaram uma grande quantidade de bandeiras, estandartes, pendões, flâmulas, etc. As cores e formas variavam muito.

Cada general ou governador recebia do califa uma bandeira (bederfeche) fig. 125 e as tropas que os acompanhavam levavam bandeiras fig. 126 e outro género de insígnias, fig. 127, lanças com bandeirolas, fig. 128, 129 ou com crinas fig. 130, etc.


Figura 125

Figura 126

Figura 127

Figura 128

Figura 129

Figura 130

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