DESTACAMENTO DE
OPERAÇÕES ESPECIAIS (DOE)
O Destacamento de Operações
Especiais foi a primeira das Forças Nacionais
Destacadas a entrar no Kosovo, e fê-lo no dia
7 de Julho 1999. O DOE/KFor foi um encargo do Centro
de Instrução de Operações
Especiais (CIOE) que se situa na cidade de Lamego.
Estes destacamentos depois de um fase de instrução
específica, cumpriram no Teatro de Operações
(TO) do Kosovo uma missão de 6 meses de duração.
No Kosovo, o DOE, como todas as unidades portuguesas
destacadas, pertenceu à BMN-O, dependendo directamente
do Comando desta Brigada. Encontrava-se localizado
no povoação de Banja, juntamente com
os destacamentos de Operações Especiais
Italiano e Espanhol.
ORGANIZAÇÃO
O DOE é uma equipa que na sua orgânica
original é constituída por doze militares
entre Oficiais e Sargentos, contudo, com a continuidade
das operações passou a integrar Praças.
O numero de Oficiais, Sargentos e Praças pertencentes
ao DOE dependia de destacamento para destacamento.
No entanto o seu Comandante tem o posto de Capitão
e tem como 2ºComandante um Oficial Subalterno.
Nos Sargentos existe geralmente um Sargento Ajudante
para a área das Operações, os
outros dividem-se pelas seguintes especialidades técnicas,
das quais são especialistas: armamento (associado
à especialidade sniper), socorrismo, sapadores
e inactivação de engenhos explosivos
e comunicações. Embora não sendo
orgânico pode existir também um especialista
para a área da Guerra Nuclear Biológica
e Quimica (NBQ). Geralmente são em numero de
dois os especialistas por cada área para permitir
a constituição de duas equipas homogéneas.
Estes destacamentos caracterizam-se por um emprego
extraordinariamente flexível.
MISSÕES
As missões desenvolvidas pelo DOE no Kosovo
foram específicas para este Teatro de Operações
e destacam-se as seguintes:
- Vigilância;
- Reconhecimento;
- Recolha de Informações (HUMINT)(2);
- Anti-sniper no âmbito de tarefas de protecção
de forças ou segurança a altas entidades;
- Se necessário, podiam também efectuar
a Linha 23 das Regras de Empenhamento que "autoriza
a revista a pessoas, veículos ou propriedades,
durante a execução de missões
operacionais, na sequência de detenções
autorizadas ou quando se suspeita de presença
de armas, munições ou equipamento militar".
ARMAMENTO, EQUIPAMENTO
E VIATURAS
O armamento individual de cada militar era de uma
Pistola-metralhadora MP-5 (ou Espingarda-automática
G-3 de coronha rectráctil) e uma pistola P-228
SIG-SAUER calibre 9mm. Para cumprimento do vasto leque
de operações que lhes podia ser pedido,
nomeadamente no âmbito de operações
mais delicadas, os DOE contavam ainda com o seguinte
armamento:
- Carabina Sniper AW-SF 7,62mm de origem britânica;
- Pistola-metralhadora MP-5 SD6 com silenciador calibre
9mm de origem alemã;
- Espingarda shotgun SPAS 15 calibre 12mm de origem
italiana;
- Lança-granadas LG-6 calibre 40mm de origem
Norte-Americana;
- Metralhadora-ligeira HK-21 de origem alemã.
Arma
|
CAL.
|
Origem
|
Carregador
|
Cadência de tiro
|
Carabina AW-SF
|
7,62 mm
|
Inglaterra
|
10
|
-
|
Pistola-Metralhadora MP-5
SD6
|
9 mm
|
Alemanha
|
15 ou 30
|
800 t.p.m.
|
Espingarda shotgun SPAS 15
|
12
|
Itália
|
15
|
-
|
Lança-Granadas LG-6
|
40 mm
|
Americana
|
6
|
-
|
Metralhadora-Ligeira HK-21
|
7,62 mm
|
Alemanha
|
Alimentado por fita
|
900 t.p.m.
|
Para as comunicações
possuíam equipamentos VHF e UHF portátil
e individual, e meios HF portátil. Estavam
equipados com viaturas Toyota 4X4 landcruiser as quais
possuíam, em montagem veicular, meios VHF e
HF.
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