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Uniformes
Uniformes
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Exércitos da reconquista na formação de Portugal 1139 - 1263

TRAJES

Nesta época não se pode falar de "uniforme militar" propriamente dito na medida em que a disposição de fixar os fardamentos por um regulamento é relativamente recente, coincidindo este aparecimento com o estabelecimento de forças permanentes e regulares, após a Guerra dos Trinta Anos, em 1648, tendo sido quase simultaneamente introduzido em vários países, pelo menos nos corpos mais importantes que geralmente eram os da guarda do respectivo monarca.

Nas épocas mais recuadas, os "soldados" vestiam trajes de aspecto idêntico, sem que se pudesse falar verdadeiramente de uniforme. O armamento e equipamento utilizado davam um certo aspecto de uniformidade.

Na Idade Média, a necessidade de sinais distintivos era sempre imposta e obrigatória, para que cada potência pudesse distinguir os adversários. Para as batalhas importantes era necessário existirem sinais distintivos e disto estavam todos capacitados uma vez que os exércitos apareciam em campo trazendo por divisas esses sinais distintivos, como bandeiras, pendões, estandartes, além de uma enorme diversidade de desenhos e imagens nos escudos e trajes.

Quando havia exércitos aliados era necessário saber-se distinguir o amigo do inimigo, uma vez que na confusão de um ataque ou batalha, podiam-se confundir uns pelos outros e destruírem-se mutuamente em vez de se voltarem contra os seus inimigos; portanto era preciso que os componentes do mesmo corpo de tropas e os mesmos corpos tivessem consigo sinais, que todos entre si conhecessem e pudessem à primeira vista distinguir dos sinais do inimigo.

Na época em apreciação o guerreiro antes de estar devidamente "armado" isto é equipado com armas defensivas e ofensivas, vestiam o traje civil que a sua condição social lhe permitia, assim como a qualidade dos respectivos objectos de guerra.

TRAJE DO OCIDENTE DA EUROPA

Torna-se bastante difícil descrever o traje utilizado nesta época por falta de fontes iconográficas contemporâneas, principalmente no nosso país, contudo no que diz respeito à classe nobre, sempre se podem verificar através de estátuas jazentes e outras.

A base do traje nesta época assentava em três peças essenciais: a túnica inferior comprida, quase tocando os pés, a superior fendida lateralmente, fig. 1 e 2 e para finalizar o manto preso ao ombro pela fibula, fig. 3.

Figura 1
Figura 2
Figura 3

Em Portugal e devido ao entrosamento de povos de diversas nacionalidades, como os cruzados, que vinham praticamente de toda a Europa cristã, influenciaram os trajes dos naturais, espalhando assim os seus usos e costumes entre as populações. Por curiosidade a influencia muçulmana fez-se sentir muito pouco, nas camadas sociais mais altas, nas mais modestas foi bastante grande.

TRAJE DOS SARRACENOS

Estes trajes eram praticamente iguais aos dos árabes. Sobre uma camisa, geralmente de algodão muito folgada, vestiam amplos mantos com capuz confeccionados em diversas cores principalmente brilhantes. Usavam, por vezes capotes, que passavam por baixo do braço, trajavam aljubes muito folgados, com ou sem mangas, apertados ou abertos dos lados e cingidos ao corpo por um conto ou faixa. A jaqueta, os calções e o calçado, eram confeccionados em peles por curtir, principalmente de camelo, carneiro e cabra.

Cobriam, os de condição superior, a cabeça com turbante, também sendo envergado como distintivo de honraria. Curiosamente na Península Ibérica nem todas as tribos os utilizavam e o seu uso, ou não, variava de província para província. O "xaxe", ou seja a tela do turbante era de linho, de algodão ou de outros tecidos mais ricos de ouro e prata. Muitos andavam de cabeça descoberta, outros utilizavam o cabelo curto coberto por um gorro de lã.

Regra geral as roupas dos muçulmanos poucas modificações sofreram até aos nossos dias, fig. 4.

Geralmente os nobres apresentavam-se em trajes brancos quando eram Omíadas e pretos se fossem Abassidas.

Figura 4
 

 

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