ARMAS DEFENSIVAS DOS
SARRACENOS
No que diz respeito a este género
de armas torna-se extremamente curioso observar que
muito deste material acabou por ser adoptado, mais tarde
ou mais cedo, pelos exércitos cristãos
da Reconquista, embora tal tenha tido mais influência
nos territórios que por eles estavam ocupados,
assim como o inverso também aconteceu.
ALGALOTA
Espécie de túnica de cores variadas
onde os nobres pintavam distintivos, emblemas, frases,
etc., fig. 41
A partir do século XIII
os exércitos europeus, passaram-na a utilizar,
embora mais comprida, dando-lhe diversos nomes
como cota de armas, brial, etc., tendo passado
a ser armoriadas. Um dos objectivos dessa "túnica"
seria a de proteger as cotas de malha dos raios
solares e como forma de identificação
do cavaleiro.
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Figura 41
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MUSCA
Camisa de pano que cobria e protegia o corpo, tendo
mangas em malha de ferro, fig. 42, sobre esta colocava-se
a couraça.
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Figura 42
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ZARDIA
Cota de malha que descia sensivelmente até
aos joelhos e tinha mangas compridas, fig. 43
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Figura 43
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MAGFAR
Protecção de cabeça em cota
de malha, esta podia ser totalmente fechada protegendo
toda a cabeça, faces e pescoço, deixando
ficar só a cara à mostra. Outros seriam
no género do camal, conforme a fig. 44
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Figura 44
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BOTUTE
Defesa do pescoço em ferro, fig. 45. Curiosamente,
entre os exércitos cristãos, esta
gola de ferro (gorjal) apareceu sensivelmente no
século XIII, quando se começou a substituir
as cotas de malha, pelas armaduras, principalmente
quando se abandonou o camal.
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Figura 45
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PEITO
Defesa do tronco feito em ferro, utilizava-se por cima
da musca, geralmente eram decoradas com baixos e altos-relevos
fig. 46, outras levavam uma grande variedade de defesas
como a que se pode observar na fig. 47.
COBERTURAS
DE CABEÇA
Existia uma grande variedade de capacetes e com
as formas mais diversas, havendo-os de metal ricamente
cinzelados ou encrostados, outros tinham umas saliências
onde ia prender o camal que servia para proteger
o pescoço e a face, além de um nasal
móvel, fig. 48.
Quase todos eram semi-esféricos,
terminando em bico, fig. 49 e 50, podendo ser
confeccionados em ferro, couro e outros materiais.
Geralmente o turbante, quando o utilizavam, era
enrolado à volta dos capacetes.
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Figura 48
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ESCUDOS
Os mouros tinham uma variedade muito grande de escudos
que eram fabricados de diversos tipos de materiais
como peles e nervos de animais, madeira, etc. Para
resistir aos golpes de ponta eram reforçados
na sua espessura com várias camadas de couro.
DARCA
Escudo de pequenas dimensões, muito leve
e o mais utilizado. Praticamente era a única
arma defensiva dos peões e havia-os das
mais diversas formas: ovais fig. 51, redondos
com pregos e um bico no centro fig. 52, com franjas
fig. 53, de feitio irregular fig. 54 e outros
como o da fig. 55. Geralmente muito decorados.
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Figura 51
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