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Armamento
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Pistola Savage


3. A Pistola 7,65 mm m/915 "SAVAGE" em Portugal

Quando em 1915 foi decidido completar a dotação de pistolas para oficial, era espectável a dificuldade em obter armamento junto dos fornecedores tradicionais: Alemanha, Áustria e Inglaterra. Numa primeira análise, porque todos estes países se encontravam directamente envolvidos na 1ª Guerra Mundial, mas também, porque apesar da posição de neutralidade que Portugal assumia, os confrontos com tropas alemãs no Sul de Angola e Norte de Moçambique colocava-nos numa situação de beligerância com a Alemanha. Paralelamente, a Inglaterra que pretendia a todo o custo que Portugal mantivesse a sua posição de neutralidade, não se dispunha a ceder-nos o armamento necessário.
Se por um lado estes factos explicam porque não foi possível adquirir mais pistolas "parabellum" ou outras armas provenientes destes países, por outro, são pouco claros os critérios que levaram à escolha da pistola Savage, para além da sua disponibilidade no mercado.
Com efeito, encontram-se apenas algumas discretas referências à aquisição de um pequeno número de pistolas Savage em 1908, assim como a existência de munições 7,65 mm Browning com a designação oficial "Cartucho 7,65 mm m/908". Este facto pode levar a pensar que possa ter havido um contacto prévio com esta pistola, resultando daí o conhecimento necessário à sua posterior escolha. De facto, não se conhecem quaisquer estudos ou ensaios que precedessem a sua adopção.
Por outro lado, a documentação da Savage Arms Co. refere apenas um contrato militar para o fornecimento de 1200 pistolas do modelo 1907-1913, modificação nº 3, destinadas à Direcção de Material de Guerra. Estas pistolas terão chegado a Portugal em dois fornecimentos, entre 1915 e 1916.

Fig. 5 Caixas individuais em que chegaram a Portugal as pistolas SAVAGE. Numa delas todos os rótulos e inscrições estão em inglês. Na outra os rótulos estão todos traduzidos em português

Uma vez chegadas estas armas ao Arsenal do Exército, pela nota nº 9 de 13 de Agosto de 1916, emanada pelo Gabinete da Secretaria da Guerra, determinou S. Exa. o Ministro da Guerra, que fosse fornecido a cada oficial do exército 1 pistola com o respectivo coldre e acessórios, 3 carregadores e 30 munições. Requisitadas por intermédio da unidade ou estabelecimento a que aquele pertencia, ficava disciplinar e pecuniariamente responsável pela arma e respectivo completo, podendo conservá-la em seu poder, até que passasse à situação de reforma.

Fig. 6 "Pistola 7,65 mm m/915" Savage e três carregadores m/915, com o respectivo coldre "Bolsa para pistola m/915 nº 1", escovilhão m/915 e fiador m/86.
Embora estas armas se destinassem aos oficiais do Quadro Permanente, Milicianos e na Reserva, foram igualmente distribuídas a alguns sargentos e praças de pret que, por conveniência de serviço precisassem de uma arma de defesa, como os soldados das companhias de equipagem e, mais tarde às praças das companhias de automóveis e condutores de ambulâncias
Fig. 7 Fotografia de Sargento de Administração Militar em uniforme de campanha com a pistola Savage no coldre e com fiador.à tiracolo.

Finda a 1ª Guerra Mundial com o retorno das tropas e licenciamento dos oficiais milicianos, que estavam obrigados a entregar estas armas após terminarem o serviço militar, muitas destas pistolas foram distribuídas à Guarda Nacional Republicana, Guarda Fiscal e mais tarde à Polícia de Segurança Pública e Guarda Nocturno.

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