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CRONOLOGIA

 

 

 

FORTIM DE SAO TIAGO DE NOVA LISBOA

As expedies de Vincente Pinzon e de Diogo Lepe desembarcaram nas costa cearenses antecedendo a viagem de Pedro lvares Cabral ao Brasil. A primeira, num cabo identificado como o da Ponta Grossa, no municpio de Icapu, e a segunda, correspondendo a Ponta do Mucuripe, em Fortaleza. Segundo historiadores, tais descobrimentos no puderam ser oficializados devido ao Tratado de Tordesilhas.
A conquita da Capitania comeou em 1603, com a bandeira de Pero Coelho de Souza que fundou o Forte de So Tiago na Barra do Cear, sede das atividades de explorao das terras conquistadas. A posse oficial do Cear deu-se com Martins Soares Moreno, imortalizado por Jos de Alencar, como o Guerreiro Branco, em seu romance Iracema; que aqui chegou, em 20 de janeiro de 1912, levantou o fortim de So Sebastio, no antigo local onde fora erguido o Forte de So Tiago, introduzindo grandes melhorias na nova concesso.
Fortaleza teve como semente o Forte de So Sebastio e a capela de Nossa Senhora do Amparo, erigidos por Martins Soares Moreno sobre as runas do Fortim de So Tiago de Nova Lisboa, fundado, anteriormente, por Pero Coelho de Souza. Em 1637, o Forte foi ocupado por uma expedio holandesa, que dominou o Cear de 1640 a 1644. Derrotada pelos ndios, voltou seis anos depois Regio, comandada por Matias Beck, que ergue o Forte Shoonemborch s margens do Riacho Paje. A expluso definitiva dos holandeses ocorreu em 1954 pelo comandante portugus lvaro de Azevedo Barreto, que muda o nome do Forte para Nossa Senhora da Assuno.
A criao do municpio de Fortaleza se deu a 13 de abril de 1726, quando a povoao do Forte foi levada condio de vila. Somente em 1823 o Imperador Dom Pedro I elevou a vila categoria de cidade. Durante o Segundo Imprio, o Intendente Antnio Rodrigues Ferreira e o Arquiteto Adolfo Herster realizaram obras urbansticas, transformando Fortaleza em uma das principais cidades do pas.

O Cear no Processo Civilizatrio

DE 02 DE FEVEREIRO DE 1500 A 13 DE ABRIL DE 1726

No verdade que o Brasil foi descoberto a 22 de abril de 1500, no Monte Pascoal, regio do Trancoso na Bahia: o fato concreto que o Navegador espanhol do Navio Nina, Vicente Pinzon, da Frota de Cristvo Colombo, esteve aqui no Mucuripe muito antes de Cabral partir de Portugal, comandando uma flotilha composta por 4 caravelas. A descoberta no entrou nos registros oficiais em conseqncia das determinaes do clebre Tratado de Tordesilhas que demarcava estas Terras como pertencentes a Coroa Portuguesa. E a Espanha no tinha interesses de entregar de bandeja um prato cheio desses como a descoberta de terra abaixo da linha do equador. Para eles era pecado mesmo, e capital!   

O descobridor Vicente Pinzon chegou a batizar a Terra Nova com o nome de Santa Maria de la Consolacin, a 2 de Fevereiro de 1500, correspondendo aqui ao dia de Nossa Senhora das Candeias; era praxe batizar as terras descobertas com o nome do santo do dia. Pouco depois, uma outra expedio espanhola, comandada por Diogo Lepe deixou nas Terras cearenses, no mesmo local onde esteve o comandante da Nau Nina, marco de sua passagem, de presente, uma grande cruz de madeira.

Portanto dois meses antes do Portugus Pedro Alvares Cabral descortinar o Monte Pascoal, a Ponta Grossa do Mucuripe, atual Castelo Encantado, j estava nos mapas nuticos da coroa espanhola.

Em 1534 houve a diviso do Brasil em Capitanias Hereditrias, coube o Cear ao Portugus Antnio Cardoso de Barros, que ao contrrio dos espanhis, nunca ps os ps neste cho sagrado. Em 1539 foi designado Lus Melo da Silva para a tarefa no cumprida por Cardoso de Barros, este veio, ou melhor tentou; naufragou nos mares do Maranho.

No decorrer de todo o sculo XVI o Cear esteve entregue as baratas, ou melhor, aos corsrios piratas e toda sorte de aventureiros clandestinos que faziam comrcio com os ndios, o que sobrou de lembrana destes velhos tempos so estes loirinhos que andam por todo o litoral cearense e ningum sabe de onde vem.

Curiosamente quando o Cear entra oficialmente na Histria do Brasil encontrava-se Portugal sob o domnio espanhol que riscou do mapa a linha do famoso meridiano de Tordesilhas que de fato nunca ningum seguiu a risca. Isto se deu no ano da graa de 1603 e o desbravador no era portugus ou espanhol e sim o aoriano Pero Coelho de Sousa, desbravador audaz que obteve do 8 Governador Geral do Brasil, Diogo de Botelho, o Ttulo para obter privilgios indispensveis para a ousada Bandeira : Capito-Mor.

Em julho seguiram 65 soldados e 200 ndios pela beira Mar, da Paraba ao Cear. S descansaram na embocadura do rio Pirangi, que foi batizado de Siar, onde ficaram todo o resto do ano. At que em excurso na regio de Ibiapaba depararam-se com piratas franceses, era 18 de janeiro de 1604 e o planalto da Ibiapada foi palco da primeira batalha registrada nos anais da nossa histria, onde 17 companheiros tombaram mortos; mas a vitria foi nossa, aprisionamos 10 mosqueteiros franceses e fizemos a paz com os mourubixabas: Irapu, Diabo Grande e Ibana . Pero Coelho ganhou fama prestgio e o nome de Punar.

De volta ao acampamento na Barra do Siar. O Capito-Mor resolve erguer um pequeno Forte que recebeu o nome de So Tiago. E um Arraial iniciou-se na imediaes com a denominao de Nova Lisboa.

Em 1605 - 1606, Pero Coelho de Sousa registra a primeira seca da histria do Nordeste Brasileiro, o terrvel flagelo inclemente e fulmina seus dois filhos pequenos de sede (logo ele que trouxe gua de cco para o Cear), em seguida o filho mais velho de inanio, o que deixa o aoriano prostrado. a que entra a figura da Mulher na histria do Cear, sua esposa Tomsia toma a frente da trgica retirada e guia com energia titnica e determinao os sobreviventes. Dos 65 homens brancos e 200 ndios que saram regressaram pouco mais de meia dzia deles, semi nus e semi mortos chegam ao Forte dos Reis Magos. O velho temido Punar, dos ndios tabajaras, morre trs meses depois em Lisboa, caluniado, sem dinheiro sequer para a mortalha. No acreditaram na histria da seca.

Em 1607 veio a Companhia de Jesus, os padres Francisco Pinto e Lus Filgueira, j que Pero Coelho no trouxe nenhum sacerdote na sua aniquilada bandeira, mas eles seguiram o mesmo intinerrio, beira mar. Os acompanhavam 60 ndios rezando o tero, cantando a ladainha e recitando o ofcio de Nossa Senhora. Em pouco tempo aqueles homens que no tinham mulheres nem aceitavam as deles, fizeram amizades com os ndios tabajaras, chamavam o padre Pinto de Pai Pina ou Amanaiara "o que faz chover". Fez amizades com grandes caciques como Diabo Grande, Algodo, Cobra Azul, Milho Verde...

Os padres fundaram aldeias e misses como: Parangaba, Caucaia, Paupina, Pavuna, e Santo Antnio de Pitaguari... At que a 11 de Janeiro de 1608, pela manh, numa pequena capela de madeira e palha de catol no alto da Serra da Ibiapaba, o ataque dos ndios Tocarijus resultou em incndio e morte de muitos, entre eles o Padre Francisco Pinto no momento que celebrava o santo ofcio.

Padre Lus Filgueiras escapou protegido pelo filho do Tuxaua Diabo Grande, rumou de volta a Barra do Cear e construiu um povoado com o nome de S. Loureno, a 10 de Agosto, mais uma vez no dia do santo. Ergueu uma formosa cruz de cedro lavrada. Seguiu em um barco com Jernimo de Albuquerque, Governador do Rio Grande do Norte a 20 de agosto de 1608. Estes Padres formaram um forte pacto entre os ndios e a suas memrias foram reverenciadas por anos a fio.

O Cear ficou abandonado por mais 4 anos, eram tragdias demais. At que a 20 de janeiro de 1612, dia de So Sebastio, chega o Jovem Martins Soares Moreno, um dos poucos sobreviventes da frustrada Bandeira de Pero Coelho (1603-1606). Com ele a conquista definitiva do Cear. A principio s 1 padre e seis soldados. Logo construiu um Fortim de madeira no mesmo local dos escombros da fortificao do S. Tiago da sonhada Nova Lisboa do Capito Aoriano. S mudou o nome claro: S. Sebastio. Martins Soares Moreno conhecia a lngua e interagiu rapidamente com o nativo. Porm com um ano aqui, j teve que partir para expulsar os franceses do Maranho. Foi para a Terra Timbira com Jernimo de Albuquerque e s retornou em 1621, passados quase dez anos, para encontrar a aldeota em situao de no mnimo penria; mas a fez reflorescer com vigor em justamente uma dcada de labuta e desta vez quem pede socorro outro Albuquerque, o Matias de Pernanbuco, e no eram franceses, eram holandeses - Guararapes - nunca mais voltou ao Cear. Regressou a Portugal depois de 45 anos servindo ao Brasil.

Capistrano de Abreu escreveu: "ele sintetiza e simboliza toda a histria do Cear" e lvaro Martins, referindo-se ao eterno enamorado da Virgem dos Lbios de Mel, fez o Poema:

                       Martins Soares Moreno,
                       De cavalheiresco ardor,
                       Por amor  ndia formosa,
                       Virgem de morena cor
                       Fundou a Ptria ditosa
                       Da liberdade e do amor.
 

Tinha que ter uma mulher, era Iracema que se voc ler de traz para frente e trocar a colocao de uma letra, encontra a palavra Amrica. Escrito por Jos de Alencar, o romance smbolo do nativismo e da Brasilidade do nosso povo, assim se refere musa do guerreiro Branco: "Iracema, a virgem dos lbios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da grana e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati no era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque seu hlito perfumado ... O p grcil e nu mal roando, alisava apenas a verde pelcia que vestia a terra..." (era s o p nu Alencar?)... "Iracema saiu do banho; o aljfar da gua ainda roreja, como a doce mangaba que corou em manh de chuva..." bom parar por aqui Alencar, doce mangaba que corou em manh de chuva. Virge Maria

Depois de tomar posse de Pernambuco, Alagoas, Paraba e Rio Grande do Norte. A 26 de outubro de 1637, a expedio holandesa comandada por Jorge Gartsman e o Coronel Hendrick Huss chega ao Forte de S. Sebastio e o toma em assalto ligeiro, 126 homens bem armados contra 33, com pouca munio e armas deficientes, foi "canja". Comandava o Forte, o Portugus Bartolomeu de Brito Freire, que seguiu preso para Recife com vrios feridos.

Em 1641, os holandeses foram substitudos por Gedion Morris, que trouxe o pintor Franz Post, este fez os primeiros retratos de Fortaleza. Sete anos depois, em 1644, uma insurreio dos ndios contra os holandeses aniquilou todos, at o comandante, e destruiu completamente o Forte. Os homens de Maurcio de Nassau no encontraram o sal e o mbar que procuravam..., mas voltaram, desta vez com 300 homens, lotando barcos e iates, e a 3 de abril de 1649, comandados por Matias Beck, chegaram na enseada do Mucuripe e foram se estabelecer margem do Riacho Marajaitiba, mais tarde Telha e finalmente Paje. O riacho estava ao sop de uma bela colina sombreada de coqueiros plantados pelo Capito-Mor Pero Coelho.

A 10 de Abril, o engenheiro Ricardo Caar iniciou a construo do Forte que levava o nome do ento Governador de Pernambuco, de nome impronuncivel at hoje: Schoonenborch. Para onde vieram todos os escombros da Vila Velha da Barra do Cear.

Matias Beck foi o real fundador do povoado que mais tarde passaria a se chamar Fortaleza, ficou aqui at o ano de 1654 e durante todo este tempo procuravam a prata preciosa de Itarema que at hoje ningum viu...

Matias Beck fez a entrega da praa de guerra ao Capito lvaro de Azevedo Barreto, heri dos Guararapes. Ele simplesmente mudou o nome do Forte para Nossa Senhora da Assuno e construiu uma pequena ermida entregando-a ao padre Pedro Morais. Os ndios, que teimavam continuar na Barra do Cear, aos poucos vieram para a foz do Paje, os de outros arrebaldes o seguiram.

Com a expulso dos Holandeses, a Capitania do Cear que estava sob o julgo do Governo do Maranho, de 1556 a 1621, passou ao domnio pernambucano, e assim permaneceu at 1799.At que se tornou independente, ou melhor, dependente diretamente de Portugal. A vila de Fortaleza foi instalada a 13 de abril de 1726, com a pompa e solenidade presidida pelo capito-mor Manuel Francs, por resoluo do Conselho Ultramarino de 11 de maro de 1723, que criava a Vila de Fortaleza do Cear Grande.


 

 
   
 

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