--

       

Busca Mundial

Busca  Portugalwebt

 

EUROPA    AFRICA   AMÉRICA    ÁSIA   OCEANIA                     

EUROPA

PORTUGAL

AFRICA

NORTE DE AFRICA

AFRICA OCIDENTAL

ÁFRICA ORIENTAL E G. PÉRSICO

AMÉRICA

fortificações brasileiras

A Região da Cisplatina

ÁSIA

ORIENTE

EXTREMO ORIENTE

OCEANIA

AUSTRALIA

BATALHAS


World Heritage of Portuguese Origin

CRONOLOGIA

 

 

 

Histria

     Segundo historiadores, as expedies dos espanhis Vicente Pinzon e de Diogo Lepe desembarcaram nas costas cearenses antes da viagem de Cabral ao Brasil. A primeira, num cabo identificado como o da Ponta Grossa, no Municpio de Icapu, e a segunda, na Barra do Cear, em Fortaleza. Tais descobrimentos no puderam ser oficializados devido ao Tratado de Tordesilhas.
    A ocupao efetiva do territrio cearense comeou em 1603 com a bandeira de Pero Coelho de Souza que fundou o Forte de So Tiago, na Barra do Cear. A posse oficial do Cear deu-se com Martins Soares Moreno, (o Guerreiro Branco), que aqui chegou em 20 de janeiro de 1612 e fundou o forte de So Sebastio, no antigo local onde fora erguido o Forte de So Tiago.
    Em 1637 chegam os holandeses que domina durante sete anos. Em 1644 foram expulsos pelos ndios com a destruio do Forte de So Sebastio. Aps cinco anos de sua retirada os holandeses voltaram ao Cear comandados por Matias Beck, na ocasio em que ergueram o Forte Shoonemborch, s margens do Rio Paje, de onde se originou a cidade de Fortaleza. A expluso definitiva dos holandeses ocorreu em 1654 pelo comandante portugus lvaro de Azevedo Barreto, que muda o nome do Forte para Nossa Senhora da Assuno.
    A criao do municpio de Fortaleza se deu a 13 de abril de 1726, quando a povoao do Forte foi levada condio de vila. Somente em 1823 o Imperador Dom Pedro I elevou a vila categoria de cidade. Durante o Segundo Imprio, o Intendente Antnio Rodrigues Ferreira e o Arquiteto Adolfo Hebster realizaram obras urbansticas transformando Fortaleza em uma das principais cidades do pas. Atualmente, o Estado do Cear composto por 184 municpios com autonomia poltico-administrativa.
    A histria de Fortaleza se confunde largamente com a histria do Cear, terra de ndios dos troncos tupi (tabajaras, parangabas, parnamirins, paupinas, caucaias, potiguaras, paiacus, tapebas) e j (tremembs, guanacs, jaguaruanas, caninds, genipapos, baturits, ics, chocs, quiripaus, cariris, jucs, quixels, inhamuns), os quais, embora dizimados em grande parte, fazem sua cultura estar presente at a atualidade, em hbitos, comida, medicina e arte populares, nomes, vocabulrio e etnia.
    Foi em 1884 que se fez a abolio da escravatura no Cear, quatro anos antes do dia 13 de maio da abolio brasileira. Este fato lhe valeu o nome dado por Jos do Patrocnio de Terra da Luz, e fez aumentar os nimos de todos os abolicionistas do Brasil. At Victor Hugo mandou da Frana suas saudaes aos cearenses.
    Provavelmente, foi Amrico Vespcio o primeiro europeu a passar ao longo da costa cearense, em meados de 1499, quando percorria todo o litoral norte do Brasil, a partir do cabo Santo agostinho no Rio Grande do Norte. Dois meses antes de Pedro lvares Cabral partir de Lisboa, o navegador espanhol Vicente Yaez Pinzn, num roteiro semelhante a Amrico Vespcio, desembarcou no litoral cearense, no cabo do Mucuripe em Fortaleza, conforme alguns, ou no cabo de Ponta Grossa em Aracati, conforme outros.
    Na primeira dcada, aps o descobrimento do Brasil, o Cear estava exposto sorte de piratas franceses, e continuando sob domnio dos nativos, tupis beira-mar e js ( ou tapuias) no interior. Em 1534, a coroa portuguesa, no intuito de marcar o domnio das terras descobertas, implantou o sistema de capitanias no Brasil, e em 1535 concedeu a Antnio Cardoso de Barros a Capitania do Siar, que nunca se importou em tomar posse desse feudo. No entanto, desempenhou na Bahia o cargo de provedor-mor e, em 1556, ao retornar para Portugal, teve a mal sorte do navio naufragar nas costas de Alagoas e ser devorado pelos ndios, junto com o bispo D. Pero Fernandes Sardinha.
    O Cear voltou a entrar na histria em 1603, em pleno domnio espanhol de Felipe III, quando Pero Coelho de Sousa obteve do governador geral Diogo Botelho a permisso de colonizar o Siar Grande, partindo do Rio Grande do Norte. Chamou a colnia de Nova Lusitnia e o arraial projetado na foz do rio Cear de Nova Lisboa, a atual regio da Barra do Cear. Aventurou-se com seus soldados e ajuda de ndios tabajaras e potiguaras serto adentro e enfrentou os franceses liderados por Adolphe Membille que, a partir do Maranho invadiram o sul. Deteve-os s margens do rio Parnaba. Por falta de recursos e a primeiraforte seca, de que se tem notcia nesta regio, retirou-se em 1607 para a Parraba.
    No mesmo ano, os padres Francisco Pinto e Lus Filgueiras iniciaram seus trabalhos de catequese dos ndios na regio, com relativo sucesso. Na trilha de Pero Coelho de Sousa atravessaram o territrio de leste a oeste, at chegarem serra da Ibiapaba, onde fundaram um povoado, logo atacado por ndios tocarijus, morrendo Francisco Pinto a tacape. Lus Filgueiras, junto com um punhado de ndios fiis, retirou-se para as proximidades da foz do rio Cear, fundando outro povoado, o de So Loureno. Temendo a agresso de ndios, no entanto, em agosto de 1608 se retira, para retornar a Pernambuco, e mais tarde, aps naufrgio na ilha de Maraj, foi outro devorado a ser devorado pelos nativos.
    Martins Soares Moreno que pode ser considerado o verdadeiro fundador do Cear. Jovem soldado sob ordens de Pero Coelho de Sousa, destacou-se pela amizade que matinha com os ndios, imitando seus costumes. Chegou de volta ao Cear no incio de 1612, em companhia do padre Baltazar Joo Correia e seis soldados construiu um pequeno forte, chamado de So Sebastio, novamente, na foz do rio Cear. Aps combates com os franceses no Maranho e tentativas rechaadas de invaso dos holandeses, foi a Portugal e obteve em 1619 a carta rgia como senhor da Capitania do Siar, aonde voltou em 1621, para fixar-se por vrios anos, consolidando e fazendo florescer sua capitania. Os amores de Martins Soares Moreno por uma ndia, serviram de tema para o romance Iracema, de Jos de Alencar, escritor cearense.
    Os holandeses de pernambuco, que j tinham colocado sob seu domnio as regies at o Rio Grande do Norte, em 1637 desembarcaram no Mucuripe (atual regio do porto de Fortaleza), sediando e tomando o forte na foz do rio Cear, do qual foram expulsos pelos prprios ndios em 1644. Voltaram em 1649 sob ordens de Matias Beck. Construram na enseada do Mucuripe, junto ao rio Paje, uma fortificao, qual deram o nome de Schoonenborch, em homenagem ao seu governador em Pernambuco. O forte tornou-se centro de atividades miiltares e dos trabalhos de explorao das minas de prata na serra de Maranguape.
    Em 1654, no entanto, os holandeses foram expulsos do Brasil pelos portugueses e, assim, tambm entregaram o forte a eles, mudando o nome, na poca em que o portugus lvaro de Azevedo Barreto foi capito-mor do Cear, para Fortaleza da Nossa Senhora da Assuno, dando origem ao futuro nome da capital cearense. O forte, construdo em madeira, se manteve, de reforma, at 1812, quando outro, de alvenaria, o substituiu. O povoado que comeou a florescer em volta, se desenvolveu gradativamente para a cidade de Fortaleza. A vila de Fortaleza foi instalada em abril de 1726 e tornou-se cidade, por ordem rgia, em 17 de maro de 1823, com o nome de Fortaleza de Nova Bragana.
    Nessa primeira fase da histria cearense, o pouco desenvolvimento regional se manteve na orla martima, baseado no plantio da cana-de-acar. Porm, informados das excelentes pastagens e do bom clima dos sertes do Cear, aventureiros de Pernambuco, Paraba, Rio Grande do Norte e Bahia comearam a ocupar os espaos, expulsando os ndios ou, quando possvel, domesticando-os para o trabalho, instalando currais, logo oficializado como sesmarias.
    Assim, a partir da ltima dcada do sculo XVII, durante aproximadamente quarenta anos, acelerou-se a interiorizao, a aprtir duma economia essencialmente pecuarista. Os currais se transformaram gradativamente em fazendas. O boi virou grande moeda da poca, garantindo a alimentao e subprodutos baseados no seu couro, como roupa, sapato, chapu, gibo e perneira. Os rebanhos eram objeto de largo comrcio com Pernambuco, de onde vinham tecidos, louas, ferramentas e outras utilidaes indispensveis para a vida nas fazendas.
    Mais tarde em vez de transportar o boi pelas suas prprias pernas, a experincia demonstrou ser mais fcil abat-lo no seu lugar de origem, salgar-lhe a carne e transport-lo para os centros de consumo, originando, assim, um intensivo comrcio com a zona aucareira de Pernambuco. O boi era transportado para as cidades porturias, abatido, salgado e despachado, transformando os portos de Aracati, Acara e Camocim nos principais da regio. Este processo da carne charqueada manteve-se florescente no Cear, at a grande seca no final do sculo XVIII, quando os rebanhos se aniquilaram, em consequncia de trs anos de ausncia de chuvas.
    Assim , o Cear, voltado para a pecuria e agricultura de subsistncia, sem grandes plantaes de acar, ouro e outras riquezas de seu tempo, atravessou obscuramente a poca da colonizao, encerrando sua Segunda fase histrica, dependendo sucessivamente do Maranho, Par e Pernambuco.
    Somente em 1799, o rei nomeou o primeiro governador, Bernardo Manuel de Vasconcelos, que instalou a capital em Aquiraz, transferida em 1810 para Fortaleza.
    Outras vilas, no entanto, comearam a se formar junto s fazendas e encruzilhadas no interior. Uma das regies mais prsperas se tornou o Cariri, tendo como centro a vila do Crato, fundada por uma misso franciscana. Ic prosperou como entreposto comercial, entre o Cariri e o litoral. Aracati era porto de mar, por onde se exportava o couro e o charque.
    Nesta poca tambm, e na sucesso dos prximos governadores, iniciou o comrcio direto com a Europa, que antes era canalizado exclusivamente pelo porto de Recife, fato que intensificou a exportao de produtos locais. O algodo comeou a fazer parte da riqueza geral e, at recentemente, de excelente qualidade, disputava os mercados europeus, tendo sido o principal produto de exportao do Cear. Com o franqueamento dos portos brasileiros em 1808, reforaram-se as trocas com o Reino Unido e, a seguir, com os Estados Unidos e Portugal.

 
   
 

Guarda Almada    Castelos    Seixal    Sesimbra  Palmela  Arqueologia   Historia Portugal no mundo

intercâmbio    Contactos    Publicidade

Copyright © Ptwebs.