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World Heritage of Portuguese Origin

CRONOLOGIA

 

 

 

Histria da Rep. Rio-Grandense

(resumida)

 

  1. Antes da chegada dos europeus havia ndios de vrias naes espalhados pelas terras hoje pertencentes Repblica Rio-Grandense. Os Gs, atuais Kaingangs tomavam a regio norte e nordeste por entre os acidentes da serra Gacha. No planalto central, lagoa dos patos e litoral leste dominavam os Guaranis que, segundo a localizao ganhavam outros nomes: Tapes, Patos e Carijs, na ordem. Ao Sul, dominando o Taim e Lagoa Mirim estavam os Charruas, se estendendo a Oeste, at encontrarem com os Minuanos do pampa a sudoeste e Oeste de nosso atual mapa.

  2. A primeira incurso europia se deu pelo Oeste. ndios Guaranis da regio do Guair, hoje Paran e Paraguai, reduzidos e comandados pelo Padre Roque Gonzlez de Santa Cruz, fundaram em nosso solo a primeira Reduo Jesutica a 13 de Janeiro de 1626, a de So Nicolau do Piratin.

  3. At 1634 foram fundadas mais 17 redues, beirando os rios Iju, Piratin, Jacu, Ibicu e Pardo pelas entranhas da ento Provncia do Tape, desmembrada da Provncia do Paraguay, terras espanholas, acercando-se da Lagoa Guaba. A inteno era colonizar o territrio em direo Leste at a sada pelo mar.

  4. Mas a prata descoberta em Potos, pelos espanhis, no p da Cordilheira dos Andes e que era transportada pelos rios Paran e Uruguai at Buenos Aires, atiava a cobia portuguesa. Em seu caminho a Lei (O Tratado de Tordesilhas determinava todas aquelas terras aos Espanhis) e as Redues Jesuticas, j bem civilizadas para a poca.

  5. A exemplo do ocorrido em Guair, formaram-se grupos armados chamados Bandeiras, com os objetivos de escravizar os ndios mais jovens e fortes, e destruir as redues aqui estabelecidas.

  6. De 1636 a 1641 os ndios sofrem vrias investidas dos bem armados bandeirantes sem chance de defesa, pois eram proibidos por lei de utilizarem arma de fogo. S em 1641, enfim, liberados e construindo suas prprias armas, destroam a bandeira de Raposo Tavares, a maior e mais bem armada de todas, na memorvel batalha de MBoror, encerrando definitivamente o genocdio que estava em curso.

  7. Por isso afirmamos que nossos ancestrais ndios, os Guaranis, foram os primeiros heris a defenderem bravamente nossas terras dos invasores.

  8. Os sobreviventes da destruio bandeirante repassaram o rio Uruguai estabelecendo-se em terras hoje Argentinas. O gado, aqui deixado em grande quantidade, solto, foi se reproduzindo e se espalhando por todo o nosso territrio, ganhando o pampa e se tornando selvagem. Vindo a ser, posteriormente, grande riqueza natural da regio, outro alvo da cobia portuguesa naquela poca.

  9. Por conta desta cobia, direcionada prata espanhola que escoava pelo mar Del Plata, o Portugus Dom Manuel Lobo fundou, em Janeiro de 1680, a Colnia do Sacramento, um forte que abrigava ladres, contrabandistas e aproveitadores portugueses, em nome da Coroa Portuguesa, atrevidamente em frente a Buenos Aires, do outro lado do rio, no territrio hoje pertencente ao Uruguai.

  10.  Se o perigo de assalto rondava as operaes espanholas, tambm o trfego martimo dos portugueses com a Colnia no era facilitado. Era preciso abrir caminho por terra que unisse a colnia portuguesa do Brasil, com a cidade recm fundada, que era alvo de constantes guerras.

  11. Nesse tempo, 1682, retornam os Jesutas com levas de Guaranis s runas deixadas no territrio do Rio Grande, e iniciam o alceamento do gado aqui espalhado.

  12. De Laguna, fundada em 1684 no extremo sul da Colnia Brasil, partem expedies objetivando abrir caminhos terrestres na direo de Sacramento. O filho do fundador de Laguna, Francisco de Brito Peixoto o primeiro a se aventurar, abrindo caminho pelo litoral, mais desimpedido de ndios.

  13. Esta e as demais expedies logo perceberam que vicejava por todo o territrio hoje rio-grandense, uma riqueza quase to importante quanto a prata, que tanto cobiavam: O gado selvagem.

  14. Logo temos hordas de tropeiros vindos dos mais diferentes recantos do Brasil, mas principalmente de So Paulo e Laguna, recolhendo e levando o gado que, mesmo solto, pertencia aos Guaranis e Espanha, pois aqui ainda era territrio espanhol.

  15. Concomitantemente a estes acontecimentos, os Guaranis eram solicitados pelos espanhis a ajudarem na defesa de seu territrio e na reconstruo de suas colnias atacadas pelos portugueses. Desta aproximao e encontro de etnias, surgiu um elemento mesclado, rechaado de pronto por ambas as sociedades crists, e que, livre de leis e costumes, tomou conta da regio pampeana. Esta foi a gnese do tipo humano gacho!

  16. O Gaudrio, nosso tipo humano caracterstico, alm de construir lentamente, como a natureza, sua identidade, passou a agir segundo um ou outro grupo europeu, no se definindo em preferncias por um ou outro, nem considerando a justeza de suas reivindicaes, muito embora estivessem bem mais prximos dos espanhis que os geravam.

  17. Nascidos livres das leis e regras de qualquer sociedade sentiam-se (como de fato eram) os legtimos e naturais donos deste pas. Comerciavam o gado com os Portugueses a troco de nada e eram inconseqentes nas compras: Erva-mate, violes, cachaa, fumo e apros para seus cavalos. Tropeavam junto com os paulistas, e se empregavam nas estncias cujos donos eram militares portugueses, em troca de teto e comida, um luxo para nossos gaudrios de ento!

  18. Assim foram os portugueses se apropriando destas terras e se estabelecendo sorrateiramente. As guerras continuavam em Colnia do Sacramento e, agora, Montevidu (criada pelos espanhis para impedir a investida portuguesa).

  19. Em 19 de Fevereiro de 1737 fundam a cidade de Rio Grande, com a construo do forte Jesus Maria Jos, e em 1750 assinam o Tratado de Madrid, que determinou a expulso dos ndios, como sabemos, os legtimos donos destas terras. Ansiosa pelo fim das guerras, a Espanha junta seu exrcito ao de Portugal para expulsarem os ndios, no conseguindo seu intento na primeira tentativa.

  20. Foram dizimados, porm, na segunda e mais sangrenta guerra, aps a morte de Sep Tiaraju em 7 de Fevereiro de 1756. A 10 de Fevereiro na coxilha de Caiboat foram mortos cerca de 2.000 ndios e o restante se embrenhou pelos matos voltando vida selvagem.

  21. No contentes com as vitrias portuguesas sobre esta regio e na diplomacia europia, organizam os espanhis uma expedio comandada por Dom Pedro Cevallos com o fito de recuperar o terreno perdido.

  22. Logo aps assinado o Tratado de El Pardo, em 12 de Fevereiro de 1761, que cancela em todos os aspectos o de Madrid, e retorna ao entendimento do Tratado de Tordesilhas, Cevallos parte para a recuperao de fato das terras espanholas.

  23. Em Outubro de 1762 reconquista Sacramento. Os portugueses fogem para Rio Grande. A 24 de Abril de 1763, Cevallos toma a cidade de Rio Grande, sem um tiro sequer, e os portugueses aorianos sobem a Porto Alegre, sempre acossados pelas linhas de frente de Cevallos, vo se amontoar em Viamo.

  24. Porm, a 6 de Agosto de 1763, quando se preparava para investir sobre Viamo, Cevallos paralisado por uma conveno de suspenso de armas celebrada na Europa. Cevallos suspendeu as operaes, mas no entregou o territrio j conquistado.

  25. S a 7 de Abril de 1776, desobedecendo a conveno, e unindo-se esquadra da Inglaterra, os portugueses, com um exrcito trs vezes mais numeroso que o espanhol e comandados pelo alemo Joo Henrique Bhm lograram retomar Rio Grande.

  26. Extremamente descontente com a entrega do territrio espanhol, Cevallos retorna, revoltado,   Espanha e a 13 de Novembro de 1776, parte de Cdiz com uma esquadra de 116 navios e oito mil homens para retomar todo o terreno perdido. Conquista de imediato a Ilha do Desterro, hoje Florianpolis, recupera Colnia do Sacramento, mas a 1 de Outubro de 1777 novamente barrado por uma jogada diplomtica. assinado neste dia o Tratado de Santo Ildefonso, que repem as cidades e o territrio nas mos portuguesas.

  27. As redues, que haviam sido retomadas pelos ndios Guaranis aps a expulso dos padres jesutas, no possuam exrcito e se deixaram dominar facilmente ante um pequeno contingente de portugueses, comandados por Jos Borges do Canto em 1801.

  28. Em todos estes entreveros, os gachos participaram de um lado e de outro, aprendendo a lides militares de ambos os povos da Europa. Mas sua participao foi mais notada por ocasio das revoltas por independncia dos espanhis da Amrica, em 1810 na Argentina, e do Grito de Ascncio em 28 de Fevereiro de 1811, iniciando a guerra pela independncia no Uruguai.

  29. Na realidade era somente as colnias espanholas se revoltando contra o domnio da Espanha. Buscavam criar as Provncias Independentes do Prata, uma unio de estados independentes.

  30. Porm, Portugal de olho na regio do Prata, resolveu interferir com um exrcito pacificador, ou seja, o intento era se aproveitar das fragilidades criadas pela discusso e lutas internas, para conquistar as terras a leste do Rio Uruguai, pertencentes ao pas vizinho!

  31. Reunindo um exrcito de trs mil homens, entre os quais muitos gachos, Dom Diogo de Souza desloca-se pela campanha da Repblica Rio-Grandense lentamente, formando acampamentos ao longo do caminho. Um deles, a Guarda de So Sebastio, deu origem cidade de Bag, e do acampamento do Major Xavier Curado, surge a cidade de Alegrete.

  32. Por fim em Julho de 1811, Diogo de Souza conquista Montevidu atravs de um acordo com parte dos uruguaios. A outra parte, comandada por Artigas, segue fustigando a cidade para retom-la, conseguindo seu intento em 1815. Retira-se o Exrcito pacificador, mas Portugal no desiste. Forma, em Portugal, outro exrcito de Voluntrios Reais, com 4.800 homens, com o objetivo de retomar Montevidu, comandados pelo General Carlos Frederico Lecor.

  33. Artigas proclamado El Protector de Los Pueblos Libres, tornando-se, em 1816, presidente da Liga Federativa, (Um pas s de gachos!) unindo os povos do norte argentino, Uruguai e centro-oeste do Rio Grande, expulsando desta regio qualquer europeu, portugus ou espanhol.

  34. Porm em 20 de Janeiro de 1817, Lecor chega com fora mxima Montevidu, tomando-a de imediato e anexando-a ao Brasil com o nome Provncia Cisplatina.

  35. S em 1825, aps a proclamao de independncia do Brasil, os orientais, liderados Por Lavalleja e Artigas, chamado o grupo de los treinta y tres orientales, consegue o apoio popular e oferece verdadeira resistncia ao mando de Lecor.

  36. O exrcito argentino junta-se aos orientais, aps importante vitria sobre as foras brasileiras, comandadas por Bento Gonalves e Bento Manuel, e aps outra vergonhosa derrota brasileira no Ituzaing, conhecido como Passo do Rosrio, a 20 de Fevereiro de 1827, o imprio resolve procurar a diplomacia para resolver a questo perdida nas armas...

  37. No encontro do Rio de Janeiro a 27 de Agosto de 1828, com a intermediao da diplomacia Inglesa, j com os olhos voltados para a Amrica do Sul, foi decidida e proclamada a independncia da Repblica Oriental do Uruguai.

  38. Este fato foi decisivo para a deflagrao da Guerra dos Farrapos, apenas 8 anos depois.

  39. A grande guerra que deu origem ao nosso pas contou com a unio de quatro pensamentos distintos, mas complementares...

    1. Os grandes estancieiros descontentes com as taxaes elevadas sobre seus produtos, e com o descaso brasileiro com suas necessidades;

    2. Os militares descontentes com as decises corporativas e no qualificadas relativas s promoes militares, sendo relegados a segundo plano no cenrio imperial;

    3. Os estrangeiros expulsos de seus paises, que difundiam idias liberais e democrticas, como Repblica e Federao;

    4. Os separatistas, que viam como o melhor caminho para a paz e a prosperidade, a independncia de nosso territrio, a exemplo dos argentinos, uruguaios, e demais paises de lngua espanhola.

 

  1. Estas idias se interpenetravam e se fundiam em um idealismo regional capaz de mobilizar a populao do Rio Grande em quase sua totalidade.

  2. O Coronel Bento Gonalves da Silva, lder militar, gro-mestre maom, elaborou junto com demais companheiros, a revolta farroupilha, movido pelas duas primeiras idias numeradas acima. O objetivo era destituir o Presidente da Provncia Fernandes Braga, e solicitar ao Regente Feij, interino pela minoridade do imperador Pedro II, a nomeao de um substituto a altura de nossas aspiraes.

  3. Na noite do dia 19 de Setembro de 1835, houve uma escaramua entre a Guarda Municipal de Porto Alegre e um piquete avanado dos revoltosos na ponte da Azenha, hoje bairro do mesmo nome, dando incio ao militar da revolta armada. No dia seguinte Fernandes Braga foge covardemente a bordo de um brigue levando todo o dinheiro e documentos dos cofres pblicos.

  4. Dia 21, Bento Gonalves entra na capital e assume o palcio do governo, entregando a administrao ao vice de Braga, Dr. Marciano Pereira Ribeiro. Fica no aguardo das providncias imperiais.

  5. Mas o novo nomeado, Jos de Arajo Ribeiro, veio com claras intenes de esmagar a revolta e enviar os revoltosos ao Rio de Janeiro para as devidas punies.

  6. Recusada e adiada sua posse na capital, ele assume em Rio Grande, ilegalmente, e organiza um exemplar exrcito para combater e capturar os revoltosos.

  7. Coincide com a perda do domnio da capital pelos Farroupilhas a 15 de Julho de 1836. A revolta farroupilha, incompreendida pelo governo imperial, torna-se uma luta de vida ou morte aos envolvidos. Tomam fora entre eles as idias liberais e separatistas. (Itens c. e d.)

  8. Aps vrios combates de pouca monta, ocorre no dia 10 de Setembro de 1836, o encontro mais importante, no Seival, um afluente do rio Jaguaro, das foras do Gen. Netto com 300 homens, contra mais de 500 imperialistas comandados por Silva Tavares. A vitria de Netto esmagadora! Embalados pela vitria, pelo patriotismo, pelo idealismo da independncia, e pela perspectiva de se constituir um pas republicano, o Gen. Netto, reunindo a cavalaria perfilada em campo, proclama a Repblica Rio-Grandense. 11 de Setembro de 1836 tarde, e pela primeira vez ergue-se a bandeira tricolor da Repblica Rio-Grandense!

  9. Proclamada a Repblica, registrada em ata, corroborada por deciso legislativa, empossados Presidente (interino), Vice e Ministros, alm de comandantes de todas as graduaes do exrcito republicano, tem incio a Guerra dos Farrapos! Nao contra nao! Um povo lutando pela independncia, soberania e reconhecimento, o outro lutando para mant-lo preso e submisso sua administrao. A Guerra dos Farrapos , para ns gachos, uma luta pela conquista da liberdade!

  10. A partir da contam-se inmeros encontros, combates, guerrilhas, lutas internas, batalhas sangrentas, prises e fugas, traies e por fim mortes, muitas mortes em holocausto a um ideal transcendental. Registramos aqui, por falta de espao, apenas os momentos mais cruciais.

  11. A 30 de Abril de 1838, cai Rio Pardo, a ex-tranqueira invicta, nas mos de nossos guerreiros libertadores. Junto com os sobreviventes preso o maestro Mendanha, mineiro, diretor da fanfarra imperial, juntamente com todos os seus msicos. O maestro fora contratado pelo imprio e no toma partido na Guerra. No , pois, um prisioneiro. Como precisvamos de um hino, os Farrapos encomendam-lhe. Nasce, assim, de sua cabea, a msica do nosso Hino Nacional Rio-Grandense conhecido at hoje.

  12. Exatamente um ano depois, por ocasio da comemorao do aniversrio da Tomada de Rio Pardo, foi executado pela primeira vez nosso hino antecipando um concorrido sarau.

  13. A 28 de Fevereiro de 1842, Bento Gonalves duela com seu primo Onofre Pires. O motivo uma intriga criada por um dos traidores do Rio Grande, Vicente da Fontoura. Onofre vem a morrer em conseqncia do ferimento no brao provocado por Bento durante o duelo.

  14. Abertura da Assemblia Constituinte em 9 de Janeiro de 1843. Alm do momento inadequado, a instalao da Assemblia Constituinte veio dividir os Farrapos em blocos antagnicos, provocando a desistncia de Bento da Presidncia da Repblica. Este foi o incio do triste eplogo da Guerra.

  15. Tratado de Ponche Verde, assinado em 1 de Maro de 1845. H grandes controvrsias a respeito da validade deste tratado, uma vez que no anula os atos legalmente realizados pelos Farrapos, mas sugere que os esqueam... Tambm devido precariedade do documento, escrito em um papel ordinrio, sem timbre, sem registro, sem reconhecimento legal... Ainda sugere-se sua anulao devido ao fato comprovado de que o Imprio brasileiro no cumpriu com todas suas clusulas rabiscadas... E por ltimo percebe-se na assinatura do documento a insigne ausncia dos mais legtimos lderes e representantes do povo que lutaram bravamente para construir uma sociedade livre e liberta das amarras imperialistas.

  16. A 9 de Maio de 1865 tem incio a Guerra do Paraguai, com a invaso de nosso territrio  pela fronteira Oeste. Os paraguaios tomam So Borja, Itaqu e Uruguaiana. Tomam parte 10.800 rio-grandenses, incluindo nosso bravo Gen. Netto, vindo do Uruguai onde se auto-exilara e sua famosa Brigada Ligeira. Netto lutava o tempo todo com a bandeira tricolor da Repblica Rio-Grandense desfraldada. A guerra termina em 1 de Maro de 1870 com a morte de Solano Lopes, e com a populao paraguaia reduzida metade!

  17. Tem razo quem afirma que nosso pas foi marcado pela guerra. Apenas 23 anos aps a Guerra do Paraguai, com o Brasil j feito uma repblica, nosso Rio Grande mergulha em uma nova guerra, desta vez muito mais sangrenta e cruel que as anteriores, a Guerra Federalista.

  18. Teve incio a 2 de Fevereiro de 1893, de um lado os Maragatos liderados por Gumersindo Saraiva e do outro os Pica-paus, exrcito regular (Brigada Militar) servio do governo de Jlio de Castilhos.

  19. Apesar da Repblica proclamada o Brasil continuava no sistema imperialista: provncias submissas ao poder central. O caudilho Julio de Castilhos fazia este jogo sujo e perpetuava-se no poder de forma fraudulenta, com a aquiescncia e apoio blico do governo brasileiro. Os maragatos lutavam por uma federao brasileira de verdade. Estados autnomos, soberanos, quase sem ingerncia do governo central. Por isso chamavam-se Exrcito Libertador. Pois seu objetivo final seria a libertao da Repblica Rio-Grandense e de todos os demais Estados da falsa federao brasileira.

  20. Com a falta de apoio efetivo das demais unidades da federao, Gumersindo no ultrapassa a divisa do Paran, e acaba retrocedendo ao Rio Grande. Morre em 10 de Agosto de 1894, e com ele morre a esperana de liberdade de milhares de gachos. A 23 de Agosto de 1895 assinada a paz, em Pelotas.

  21. Plasma-se, assim o sistema totalitrio de Castilhos. Em Novembro de 1897 elege seu sucessor Borges de Medeiros, mandato que durou 30 anos. Apesar de caudilhos autoritrios, neste perodo, seguindo a cartilha positivista de Comte, a Rep. Rio-Grandense experimentou grande desenvolvimento.

  22. Mas o povo queria mesmo era sua liberdade. Em 8 de Janeiro de 1923, Assis Brasil comanda o incio de uma nova revoluo, onde despontam nomes mticos reconhecidos at nossos dias, como Honrio Lemes, Zeca Netto e Leonel Rocha.

  23. A paz veio com a assinatura de um acordo no castelo de Pedras Altas, pertencente a Assis Brasil. Era 14 de Dezembro de 1924, com ambas as partes satisfeitas.

  24. A Repblica Rio-grandense produziria mais dois personagens de projeo e influncia, que pegaram em armas para destituir a ditatura que insistia em se perpetuar no Brasil. (Na verdade um pas deste tamanho, e com tanta diversidade cultural, s pode ser governado mesmo por uma ditadura, nunca por um sistema parlamentar e democrtico...).

  25. Mas fiis sua sede de democracia, vemos Luiz Carlos Prestes liderar sua Coluna contra o governo de Arthur Bernardes, a despeito do arreglo de Pedras Altas... E mais tarde, j no governo do paulista Washington Luis, Getlio Vargas lidera a frente revolucionria que vai sac-lo do poder, no dia 30 de Outubro de 1930.

  26. Posteriormente, 10 de Novembro de 1937, o prprio Vargas percebe que, num pas culturalmente heterogneo, no pode haver Congresso. Sendo assim, aproveitando a onda nacionalista que assola o mundo, decreta o nacionalismo brasileiro (um grave erro), fecha o Congresso Nacional e desenvolve uma ditadura no melhor estilo caudilho rio-grandense...

  27. Na verdade foi s neste momento que o Brasil conheceu seu perodo mais produtivo e desenvolvido.

  28. A partir da, o Brasil segue sua histria e o Rio Grande cai num ostracismo e submisso tristemente comovente. Silncio este quebrado somente em 1961, quando, aps renncia do Presidente Jnio Quadros, uma ameaa de golpe militar pem Leonel de Moura Brizola a frente de uma Resistncia pela Legalidade, advogando a posse do Vice de Jnio, Joo Goulart.

  29. A partir de 25 de Agosto de 1961, o Rio Grande vive dias de tenso, agitao e indignao. H a ameaa de bombadeio sobre a capital, A Brigada Militar fica de prontido. Tanques de guerra movem-se pelas ruas, Brizola fica entrincheirado no Palcio Piratini, e de l comanda o Rio Grande por uma cadeia de Rdio. H grande possibilidade de, inconformado, desanexarem a Repblica Rio-Grandense da mentira da Federao brasileira.

  30. No entanto, a 7 de Setembro do mesmo ano, empossado legitimamente o vice Joo Goulart, o Jango.

 

Compilado e formatado por Romualdo Negreiros - roroners@gmail.com

 
 
 

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