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ALFABETOS DE ONTEM E DE HOJE
MAPA DE PORTUGAL
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Nuno Álvares Pereira, após a
heróica vitória de Aljubarrota, decidiu invadir Castela e subiu com
as suas forças em direcção à aldeia de Valverde, sobre o rio
Guadiana. O Mestre de Santiago e outros ilustres cavaleiros
Castelhanos ocuparam com mais de 10 000 homens, entre cavaleiros,
besteiros e peões, os terrenos da margem oposta do rio Valverde,
observando os movimentos dos Portugueses. Destacou ainda 20 000
homens, na sua maioria gente do campo, para barrar o caminho dos
Portugueses pela ponte sobre o rio, pensado infligir aí um grande
revés ao herói português.
Com a sua fulminante audácia, o Condestável, apesar da desproporção
das forças, não hesitou um instante. Dividiu a hoste em dois troços.
Com a vanguarda e as duas alas forçou a passagem pela ponte, e veio
depois buscar a reguarda, que ficara a defender as bagagens contra
os repetidos ataques inimigos.
Realizada esta operação, à custa dum ataque de lanças, pedradas e
setas, investiu com pleno êxito as suas tropas da frente, onde a
flor das tropas castelhanas depressa se pôs em fuga, receando os
juízos da fortuna.
Faltava apenas tomar um áspero cabeço, onde o Mestre de Santiago,
com os seus cavaleiros e muita peonagem, constituía uma ameaça mais
séria. Nuno Álvares, à frente dos seus valentes homens, atacou a
ladeira, empenhando-se no furioso combate em que as lanças, flechas
e pedradas choviam como granizo.
Depois de um ataque corajoso, Nuno Álvares e os seus homens puseram
fim à batalha, deixando mortos no campo, entre muitos nobres
Castelhanos, o próprio Mestre de Santiago.
História da Batalha
Nuno Álvares Pereira, após a heróica vitória de Aljubarrota,
decidiu invadir Castela e subiu com as suas forças em direcção à
aldeia de Valverde, sobre o rio Guadiana. O mestre de Santiago e
outros ilustres cavaleiros castelhanos ocuparam com mais de 10 000
homens, entre cavaleiros, besteiros e peões, os terrenos da margem
oposta do rio Valverde, observando os movimentos dos portugueses.
Destacou ainda 20 000 homens, na sua maioria gente do campo, para
barrar o caminho dos portugueses pela ponte sobre o rio, pensado
infligir aí um grande revés ao herói português.
Com a sua fulminante audácia, o Condestável, apesar da desproporção
das forças, não hesitou um instante. Dividiu a hoste em dois troços.
Com a vanguarda e as duas alas forçou a passagem pela ponte, e veio
depois buscar a reguarda, que ficara a defender as bagagens contra
os repetidos ataques inimigos.
Realizada esta operação, à custa dum ataque de lanças, pedradas e
setas, investiu com pleno êxito as suas tropas da frente, onde a
flor das tropas castelhanas depressa se pôs em fuga, receando os
juízos da fortuna.
Faltava apenas tomar um áspero cabeço, onde o mestre de Santiago,
com seus cavaleiros e muita peonagem, constituia uma ameaça mais
séria. Nuno Álvares, à frente dos seus valentes homens, atacou a
ladeira, empenhando-se no furioso combate em que as lanças, flechas
e pedradas choviam como granizo; mas vendo que a sua reguarda,
apertada vivamente por tropas castelhanas vindas da outra margem,
corria grave risco, mandou à frente da batalha que entretivesse o
combate e correu a acudir em pessoa o prior do Hospital, cujas
tropas, apesar do seu desesperado esforço, não conseguiam
desenvencilhar-se dos incessantes ataques castelhanos.
Assim conseguiu a custo arrancar a reguarda de tão crítica situação;
mas nesse meio tempo, o mestre de Santiago, aproveitando o ensejo,
tomou a ofensiva. Foi a fase culminante da batalha. Rezam as
crónicas que nesse angustioso momento o condestável desapareceu por
algum tempo e que alguns cavaleiros, que o procuravam, foram
encontrá-lo entre os penhascos, de joelhos e mãos entrelaçadas,
olhos erguidos ao céu e com o seu pagem de cavalo, ali perto, com a
lança e o braçal; finda a oração, ergueu-se lentamente e, como se do
céu houvesse recebido promessa de vitória, correu a pôr-se à frente
dos seus homens e soltando o grito: «Ávante, amigos, um contra
quatro!» atirou-se como um leão contra as lanças inimigas. O
inimigo não pode resistir a tão ousada investida. Muitos fidalgos
castelhanos, incluindo o próprio mestre de Santiago, ficaram mortos
no ataque. O cabeço foi por fim tomado; e as tropas que o defendiam,
abaladas por tão grande confusão, largaram as armas e fugiram numa
fuga desordenada.
O condestável perseguiu-as cerca de uma légua, mas como anoitecia,
teve de voltar ao campo, onde permaneceu com o seu acampamento os
dias prescritos pela cavalaria para se considerar vitorioso.
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