
ALFABETOS DE ONTEM E DE HOJE
MAPA DE PORTUGAL
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Resumo
A 10 de Março de 1147 sai de Coimbra um exército composto por
alguns Templários, cavaleiros e peonagem, num total de 250 homens,
comandado por Mem Ramires, com o fim de conquistar o burgo de
Santarém aos Mouros.
Na madrugada do dia 15, depois do sono ter vencido as sentinelas,
que se encontravam nos postos de vigia, Mem Ramires e os seus homens
entraram no burgo e sem grandes dificuldades, tomaram Santarém.
História da Batalha
A pretexto de falar aos templários presos, o cavaleiro Mem
Ramires, que falava o árabe, é mandado a Santarém, fazer o
reconhecimento à praça.
A 10 de Março sai o rei furtivamente de Coimbra, com alguns
templários, cavaleiros e peonagem do burgo, na força de 250 homens.
Ao cabo de cinco dias de marcha, feita sempre de noite, por
desviados caminhos, para iludir a vigilância dos almocadéns Mouros,
a 14, em Pernes, põe arraial e só então confia aos seus companheiros
de armas o fim secreto da expedição. Aí faz voto a Santa Maria de
Claraval de lhe erigir um mosteiro se o protegesse na batalha. E
chegada a noite, bem tempestuosa e escura, o resoluto bando
encaminha-se por um vale, guiado por Mem Ramires.
O plano era encostar à muralha dez escadas, em sítio de antemão
escolhido, e por elas lançar na praça 120 homens que, na incerteza
do pânico do alarme, abafassem logo as sentinelas e corressem a
abrir as portas aos que ficassem de fora, à espera.
Mas o plano falhava. No sítio escolhido por Mem Ramires duas
sentinelas mantinham-se despertas no seu posto. Foi preciso esperar
que o sono as vencesse. Até de madrugada, o atrevido bando esperou,
venceu as vigias, uma escada foi logo içada, por ela subindo Mem
Ramires, o alferes-mor com pendão real e o soldado que devia atar a
escada às ameias.
O rumor despertou um dos sentinelas. Como entretanto, porém, já por
outra escada mais homens iam subindo, Mem Ramires caiu sobre ele e,
ao mesmo tempo que o estrangulava, gritava: «Nazarenos!». Depois o
bando reuniu-se na esplanada e ao grito de «Santiago!» correu às
portas, arrombando brutalmente as trancas que as seguravam, com um
malho de ferro arremessado de fora. O bando que de fora, à porta,
esperava, precipitou-se de roldão, com o Rei à frente, no adormecido
castelo. Ao romper do dia, trucidada ou cativa a guarnição, o forte
burgo de Santarém caíra em poder das
hostes lusas.
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