Durante o seu reinado, Portugal
encontra-se muito descontente, daí
ter-lhe sido atribuído o cognome de
O Opressor. As frotas são
atacadas no mar por
piratas e corsários, causando
grande prejuízo e registam-se
ataques às colónias na
África, na
Ásia e também no
Brasil.
A
Companhia das Índias Ocidentais,
criada pelos holandeses, invade o
Brasil em 1624 conquistando a cidade
de
São Salvador da Baía e por lá
permanecendo por quase um ano, até à
reconquista levada a cabo por uma
armada ibérica em 1625. Mais tarde,
em 1630,
Pernambuco cai às mãos da mesma
Companhia e, no ano seguinte,
Recife e
Olinda.
Goa,
Macau,
Angola e
Guiné são mais sítios onde se
sente a pressão dos holandeses.
Para sustentar as guerras no
Brasil, na Índia e na costa
africana, a par das demais contendas
em que o Império estava envolvido,
Olivares faz crescer os impostos
sobre os portugueses que se sentem
explorados. A revolta cresce,
sobretudo com os rumores de que o
dinheiro desaparece na construção do
Palácio do Bom Retiro, perto de
Madrid.
Surgem tumultos por toda a parte.
Em
Évora, a 21 de Agosto de 1637, o
povo amotina-se contra os aumentos
dos impostos e, para que não se
conheçam os principais
impulsionadores da revolta, as
ordens para o movimento aparecem
assinadas pelo
"Manuelinho", um pobre tonto da
cidade. Noutros pontos do país, o
motim de Évora faz eco do
descontentamento geral e levantam-se
tumultos por todo o reino.